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Viana do Castelo

Aliança vai “trabalhar” para alcançar “posição que merece” em Viana

Eleições autárquicas

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Foto: DR / Arquivo

O candidato da Aliança à presidência da Câmara de Viana do Castelo garantiu hoje que o partido vai “trabalhar” para nas próximas autárquicas alcançar “a posição que merece”, considerando que as eleições de domingo foram uma “experiência interessante”.

“Fizemos uma campanha muito agradável. Acredito que temos um projeto político diferenciador. Para já não conseguimos obter os objetivos. Vamos trabalhar nos próximos quatro anos para tentar subir a posição que consideramos merecer. Se fosse uma chegada era complicado. Como é um ponto de partida é animador”, disse hoje à agência Lusa, Rui Martins.

Segundo os resultados oficiais divulgados hoje pelo Ministério da Administração Interna, depois de apurados os resultados das 27 freguesias do concelho de Viana do Castelo, o PS foi o vencedor com 45,05% dos votos (cinco mandatos), seguido do PSD/CDS-PP (três mandatos), com 24,59%, e da CDU (PCP-PEV), com 10,04% (um mandato).

O BE obteve 4,54% dos votos, o Aliança 3,84%, o Chega 3,45%, a Iniciativa Liberal 1,80% e Nós, Cidadãos! 1,01%.

O candidato do Aliança adiantou que mesmo sem os recursos de outras candidaturas à Câmara da capital do Alto Minho, o partido “ficou com praticamente com 4% do eleitorado”.

“Não atingimos os objetivos a que nos propúnhamos, mas não deixa de ser uma experiência interessante, comparando esta luta de David contra Golias, em que nós com escassos meios de comunicação e de promoção política conseguimos afrontar PS e do PSD, com orçamentos incomensuráveis”, referiu o antigo vereador do PS.

Rui Martins disse que vê o novo mandato autárquico “com muita preocupação” por considerar que, “na prática toda a matéria que foi discutida durante a campanha eleitoral premiou o PS que há 28 anos tem a responsabilidade de governação da Câmara”.

“O projeto político que é apresentado nada acrescenta. Vejo com alguma apreensão os próximos quatro anos. Naturalmente tenho de saudar o eleitorado vencedor, mas não deixo de ver esta situação com muita preocupação”, insistiu.

O arquiteto de 66 anos, explicou que “o PS perdeu 9% do eleitorado, e o PSD, na oposição, também voltou a perder eleitorado”.

“Continuamos numa senda de retrocesso, da secundarização de Viana do Castelo”, observou

O PS mantém-se à frente da Câmara de Viana do Castelo, depois de ter vencido as eleições autárquicas de domingo, mas mudou de presidente devido à lei de limitação de mandatos.

O socialista José Maria Costa, com 60 anos, não pode concorrer novamente à presidência por ter atingido o limite de mandatos (três consecutivos), tendo passado o testemunho para Luís Nobre, com 50 anos, que se torna assim o novo presidente da Câmara de Viana do Castelo.

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