Aí está o S. João d’Arga, a romaria mais genuína do Minho

A animação já é grande à volta do Mosteiro. Romaria de S.Jõao d’Arga leva milhares de “romeiros” à serra. Os comerciantes de ‘comes e bebes’ já instalaram as suas tendas.
S. João d’Arga. Foto: Divulgação / CM Caminha

A romaria de S. João d’Arga volta este ano a atrair milhares de pessoas de todo o país e além-fronteiras. Regada a bagaço com mel, vinho e cerveja a rodos, esta tradição imemorial de fim de agosto é tida como “a mais genuína do país” por quem lá reside e calcorreia – como é também tradição – os cerca de 20 quilómetros de estrada serpenteante que parte da vila de Caminha até ao mosteiro de S. João d’Arga.

De 28 a 30 de agosto, a Serra d’Arga enche-se de romeiros, que sobem a serra em devoção a São João Baptista ou, simplesmente, para participarem na festa onde a animação é a palavra de ordem, com concertinas, despique de bandas de música, que tocam conhecidos ‘hits’ da música pop e rock, e o famoso ‘chiripiti’ de bagaço com mel.

‘Xiripiti’ de bagaço com mel. Foto: Facebook

De acordo com a história, após a subida ao monte, os peregrinos e visitantes dos nossos dias mantêm a tradição de dar três voltas à igreja, seguindo-se a entrega de duas esmolas: uma ao santo… e outra ao diabo.

No dia 28, esta romaria que junta o sagrado e o profano, começa cedo quando os vários grupos oriundos de vários pontos do distrito começam a subir a pé a serra. Os caminheiros fazem-se acompanhar de concertinas e fazem o percurso a cantar ao desafio.

Às 11 horas, decorre uma missa e às 17 horas a procissão.

Essa noite é uma grande festa, a animação e a boa disposição são uma constante. Para além, das cantigas ao desafio e das concertinas, esta festa é conhecida pelas especialidades locais.

Em 2015, o Mosteiro foi alvo de obras de requalificação orçadas em mais de meio milhão de euros, que melhoraram as condições em todo o edificado, introduzindo também as infraestruturas básicas, como a energia elétrica.

 
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