Águas do Alto Minho prepara expansão da rede em Valença (onde se discute a saída da empresa)

Investimento de 705 mil euros
Foto: Divulgação / CM Famalicão

A empresa Águas do Alto Minho abriu hoje concurso público para a expansão da rede de drenagem de águas residuais de Valença, pelo valor base de 705.603 euros, segundo um anúncio publicado em Diário da República (DR).

De acordo com a publicação, a empreitada lançada a concurso público pela empresa de gestão das redes de abastecimento de água em baixa e de saneamento básico inclui a execução de 4,3 quilómetros de redes de drenagem de águas residuais e duas estações elevatórias.

A intervenção, a realizar na União das Freguesias de São Julião e Silva, tem um prazo de execução de 210 dias.

Em 28 abril, a Assembleia Municipal de Valença aprovou, por maioria, a realização de um referendo local à saída do concelho da empresa Águas do Alto Minho, proposto pelo deputado eleito pelo PSD Paulo Esteves.

Contactado hoje pela agência Lusa, o deputado municipal do PSD adiantou que “a deliberação e a proposta de realização da consulta pública foram enviadas na última quinta-feira [dia 05] para o Tribunal Constitucional”.

“O concelho aguarda ansiosamente pela pronúncia do Tribunal Constitucional”, referiu.

A empresa Águas do Alto Minho (AdAM) iniciou atividade operacional a 01 de janeiro de 2020.

A empresa de gestão das redes de abastecimento de água em baixa e de saneamento básico é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% pelos municípios de Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PS), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (PS), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.

Três concelhos do distrito – Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) – reprovaram a constituição daquela parceria.

A AdAM, com sede em Viana do Castelo, “fornece mais de nove milhões de metros cúbicos de água potável, por ano, recolhe e trata mais de seis milhões de metros cúbicos de água residual, por ano, a cerca de 70 mil clientes”.

Desde o início da sua constituição, a empresa tem sido contestada por vários partidos e pela população, que se queixam do aumento “exponencial” das tarifas e do “mau” funcionamento dos serviços.

 
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