O agressor doméstico de Turiz, em Vila Verde, já cumpre seis anos de prisão efetiva, desde esta semana, porque já não pode recorrer mais da pena aplicada pelo Tribunal da Relação de Guimarães, por crimes de maus tratos contra a mulher, as duas filhas e o filho.
Francisco Pereira, de 53 anos, divorciado, motorista, residia agora em Braga, onde teve a ordem de detenção, porque apesar da Relação de Guimarães ter descido de sete para seis anos a sua condenação, a pena tornou-se efetiva, tendo ficado judicialmente homologada.
Aquele motorista ficou conhecido por na sequência da ação de divórcio litigioso obtido judicialmente pela ex-mulher, Francisco Pereira mover-lhe um processo, no Tribunal do Trabalho de Braga, queixando-se que ao longo de 21 anos terá sido motorista da sua então esposa, ao serviço da empresa de confeções à data do casal, pedindo todos os salários, no valor total que atingia 145 mil euros, mas também perdeu a ação judicial no foro laboral.
Francisco Paulo Esteves Pereira, natural de Vila Verde, negou sempre no julgamento ter cometido os referidos crimes de violência doméstica contra a sua antiga mulher e os três filhos, um deles rapaz agora com 16 anos, que terá sido pontapeado na infância, além de duas filhas de maior idade, dando conta da violência física e psicológica sofrida ao longo dos anos, mas não convenceu nunca os juízes, que dado o seu comportamento na sala de audiências, tiveram que chamar diversas vezes a PSP de Braga, colocando-o fora da sala.
Em 19 de janeiro de 2017 o Núcleo de Investigação e de Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) do Comando Territorial da GNR apreendeu-lhe uma pistola com o calibre 7.65 milímetros, da marca Browning, mais quatro munições, numa domiciliária determinada pelo Tribunal Judicial de Vila Verde, aquando das primeiras queixas dos seus familiares.
A Unidade de Psiquiatria do Hospital de Braga começou a prestar-lhe assistência, sendo que apesar das invocações feitas pela sua defesa, o Gabinete Médico Legal e Forense do Cávado considerou-o como inteiramente responsável pelos seus atos, isto é, ser imputável perante os tribunais e a sociedade, tendo consciência das suas atitudes e consequências.