O autor do ataque no Centro Ismaili, em Lisboa, na última terça-feira, teria uma “obsessão amorosa” por uma das duas vítimas mortais.
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Segundo avança a CNN Portugal, testemunhas do ataque disseram à Polícia Judiciária (PJ) que Abdul Bashir, cidadão afetão, tinha desenvolvido um interesse amoroso pela vítima mais jovem, Mariana Jadaugy, de 24 anos. A outra mulher que morreu era Farana Sadrudin, de 49.
As duas mulheres foram mortas no Centro Ismaili, por Abdul Bashir, que foi detido e que está hospitalizado após ter sido baleado pela polícia.
O ataque fez mais um ferido e foi condenado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo primeiro-ministro, António Costa.
O homicida agora detido é beneficiário do estatuto de proteção internacional e não era alvo de “qualquer sinalização” pelas autoridades.
A família de Abdul Bashir chegou a Portugal vinda da Grécia no final de 2021 com os três filhos, viviam em Odivelas e recebiam apoio e formação no Centro Ismaili, que ajuda a comunidade de refugiados em Portugal.
As vítimas mortais trabalhavam no Centro Ismaili precisamente nos serviços de apoio aos refugiados.
O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) afirmou esta quarta-feira que “não há um único indício” de que o ataque tenha sido um ato terrorista, admitindo ter resultado de “um surto psicótico do agressor”.
O agressor não deverá ter alta hospitalar antes de um período de 10 dias e só então haverá condições para ser submetido a interrogatório pelo juiz de instrução, acrescentou ainda o diretor nacional da PJ.
Os três filhos do agressor estão ao cuidado de uma instituição e mantêm as suas rotinas escolares, tendo o seu processo sido remetido ao Ministério Público pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Odivelas.