Centenas de alunos do quinto ano aglomeraram-se esta quinta-feira à entrada da escola Francisco Sanches, em Braga, motivando algumas críticas de encarregados de educação.
Neste primeiro dia de aulas na escola pública, os alunos ficaram durante alguns minutos à porta da escola antes de entrarem para o recinto, que cumprirá todas as normas exigidas pelo Ministério da Educação para evitar possíveis contágios de covid-19.
Contactado por O MINHO, o diretor daquele agrupamento, Arlindo Sousa, refere que se terá tratado de uma “situação pontual” e “de alguns minutos” que contou ainda com uma presença massiva de encarregados de educação que ficaram também à porta da escola por “ser o primeiro dia das crianças no quinto ano”.
“Tivemos a preocupação de verificar se a organização contingencial estava a funcionar e dentro da escola funcionou tudo muito bem, embora a carga total de alunos ainda não fosse total”, começou por alertar o responsável, explicando que, na sua opinião, e depois de ter consultado assistentes operacionais que estavam no local, o aglomerado poderá estar relacionado “com a ansiedade dos pais” perante a entrada dos alunos do quinto ano.
Arlindo Sousa explica que hoje entraram apenas oito turmas, do quinto ano, mas amanhã poderá ser um dia mais complicado pois serão 24 turmas a entrar à mesma hora (08:00) dentro do recinto escolar.
“Como hoje eram só oito turmas não solicitámos presença da GNR, mas amanhã estará cá a Escola Segura para tentar assegurar o distanciamento fora do recinto”, garante o docente e diretor do agrupamento.
Escola dividida em três sectores
Arlindo Sousa dá conta da divisão da escola em três sectores de circulação “em que os alunos de cada sector começam logo a ser divididos à chegada”. “Há três entradas distintas e o mesmo acontece nos acessos de saída, onde vamos criar três ‘bolhas’ de alunos que não terão contacto entre si e os assistentes operacionais são fixos por cada bolha”.
Explica ainda que cada turma tem uma sala própria para cada dia, exceptuando na disciplina da Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), onde surge a novidade de cada aluno ter um computador próprio (até então eram dois alunos por computador) e que os mesmos serão desinfetados após utilização.
Refere ainda que o quinto e sexto ano começam a funcionar de manhã enquanto os restantes anos passam a entrar de tarde, de forma a “diminuir o número de alunos em cada momento dentro da escola”. Há, também, três locais distintos para o recreio dos alunos durante os intervalos.
“Hoje estávamos todos ansiosos mas funcionou bastante bem, melhor do que o esperado. Há uma rotina nova a ser criada desde os mais pequenos até aos maiores, mas acho que todos compreenderam e estão conscientes da gravidade da situação caso não cumpram as regras”, vincou o diretor.
Arlindo Sousa acrescenta ainda que, nos próximos dias, será publicado no portal da escola um conjunto de respostas a perguntas feitas por encarregados de educação relativamente às novidades neste ano marcado pela pandemia de covid-19.