Agitação marítima ‘expulsou’ banhistas das praias do Minho

Aviso amarelo até às 06:00
Agitação marítima 'expulsou' banhistas das praias do minho
Imagem: Redes sociais

A forte agitação marítima sentida, esta terça-feira, na zona costeira de Portugal afastou muitos banhistas das praias do Minho.

Foram partilhadas imagens nas redes sociais que mostra o mar a tomar conta do areal na zona de Moledo, no concelho de Caminha.

Mais a sul, na Póvoa de Varzim (distrito do Porto), as praias também foram afetadas pelo mar agitado.

Mar na Póvoa de Varzim. Vídeo: Catarina Oliveira
Agitação marítima 'expulsou' banhistas das praias do minho
Póvoa de Varzim. Foto: Fernanda Maria Novo / Facebook

Na Galiza, na zona de Nigrán, a Praia América foi ‘invadida’ por uma embarcação com cerca de 20 metros de comprimentos. De acordo com o jornal local Telemariñas, estaria fundeada numa baía nas proximidades e acabou por ser arrastada devido ao vento e ondulações fortes.

Agitação marítima 'expulsou' banhistas das praias do minho
Foto: Telemariñas

Como O MINHO noticiou, a capitania do Porto de Caminha deixou, ontem, vários conselhos relativamente ao período de aviso amarelo que durará ao longo de terça-feira e que promete trazer ondas fortes que podem afetar as praias e toda a faixa costeira.

Em comunicado enviado a O MINHO, citando as recomendações da Autoridade Marítima Nacional à “população em geral que habitualmente frequenta as zonas costeiras ao longo de toda a faixa litoral oeste do Continente, aconselha-se que se abstenham da prática de passeios junto à costa e nas praias, bem como da prática de atividades lúdicas nas zonas expostas à agitação marítima, sendo essencial que assumam uma postura preventiva não se expondo desnecessariamente ao risco”.

As recomendações estendem-se também às comunidades “piscatória e da náutica de recreio que se encontra no mar, para o eventual regresso ao porto de abrigo mais próximo e a adoção de medidas de precaução, de acordo com as recomendações das capitanias dos portos, evitando sair para o mar até que as condições melhorem”.

“Ainda à comunidade piscatória, náutica de recreio e atividades marítimo-turísticas que operam e navegam no rio Minho, reforça-se a recomendação para evitar a navegação nos períodos de aviso de vento e adotar as medidas de precaução adequadas à salvaguarda da vida humana e material”, lê-se na nota de imprensa.

Também quem “pesca à cana” deve assumir “extrema cautela, evitando pescar junto a falésias, arribas, quebra-mares e zonas rochosas nas frentes costeiras atingidas pela rebentação das ondas, tendo sempre presente que nestas condições extremas o mar pode facilmente alcançar zonas aparentemente seguras”.

Dez distritos de Portugal continental vão estar terça e quarta-feira sob aviso amarelo devido à previsão de agitação marítima forte, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Ciclone pós-tropical Erin

Os distritos do Porto, Faro, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Beja, Aveiro, Coimbra e Braga estão sob aviso amarelo até às 06:00 de quarta-feira devido à agitação marítima, prevendo-se ondas de noroeste até quatro metros.

O aviso amarelo, o menos grave, é emitido quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

Em comunicado, o IPMA explicou que estão previstas ondas com altura significativa até quatro metros na costa ocidental na terça-feira, e que poderão atingir altura máxima até sete metros. 

“Salienta-se os valores muito elevados do período de pico, esperados, entre 15 a 20 segundos, o que se traduzirá em ondas muito energéticas e com volume de água elevado, aumentando significativamente o risco de fortes correntes de retorno junto à costa”, indicou o IPMA.

Segundo o Instituto, no período de maré cheia durante a tarde, conjugado com uma amplitude de maré previsivelmente elevada, várias praias poderão ficar sem areal disponível. 

“Derivado à ondulação ter uma direção de noroeste, a costa sul do Algarve não ficará tão exposta a esta situação, prevendo-se ondas de sudoeste até um metro”, segundo o IPMA.

A ondulação manter-se-á forte na costa ocidental ao longo da semana, com alturas significativas entre dois a três metros.

“Esta situação, não sendo inédita, é pouco frequente nos meses de julho e agosto, pelo que se recomenda o acompanhamento dos avisos e o cumprimento das recomendações sugeridas pelas autoridades competentes”, referiu ainda o Instituto, salientando que a situação resulta do posicionamento do ciclone pós-tropical ERIN.

 
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