A empresa municipal AGERE vai distribuir durante o fim de semana um comunicado pelas habitações envolventes à área da ETAR de Frossos, em Braga, a justificar o cheiro nauseabundo que provém daquela estação e que, como O MINHO noticiou, está a revoltar a população.
Nessa comunicação, a AGERE volta a explicar que a ETAR “efetivamente está a operar com limitações decorrentes da realização de intervenções de manutenção de elevada importância para a mesma”.
“Estamos certos que as estas ações de manutenção terão impactes muito positivos no funcionamento da ETAR”, acrescenta o presidente do Conselho de Administração da AGERE, Rui Morais.
O comunicado refere que “estas intervenções foram planeadas para estes dois meses (março e abril) por serem estatisticamente os ideais para a sua realização”. No entanto, acrescenta, as “acentuadas amplitudes térmicas que se têm verificado, pouco usuais nesta época, contribuíram para o agravamento da propagação de mau cheiro na envolvente à ETAR”.
Rui Morais adianta que “está prevista a conclusão da manutenção nos quatro tanques no final de abril”.
“No entanto, uma vez que a referida manutenção está a ser feita tanque a tanque, à medida que individualmente se vai concluindo a intervenção em cada um, será expectável um melhoramento das referidas condições”, realça o presidente do Conselho de Administração da AGERE, apelando “à compreensão dos Bracarenses afetados durante este período”.
No comunicado, a empresa reforça que se encontra em fase final de preparação o Concurso Público para a construção da nova ETAR de Braga, a denominada ETAR do Este, que custará cerca de 26 milhões de euros, e que “permitirá aliviar de modo significativo a pressão ambiental sobre a Ribeira de Panoias, na medida em que parte do caudal que agora aflui à ETAR de Frossos passará a ser tratado nessa nova ETAR”.