O distrito de Braga encontra-se em mobilização máxima para combater os fogos florestais e com várias soluções antecipadamente programadas, tendo em conta a experiência dos anos anteriores e todos os cenários que se possam antecipar para os teatros de operações.
Este ano uma das diversas mais-valias do Plano de Operações distrital para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR 2021) será o reforço relativamente ao apoio logístico das operações de combate e pré-posicionamento de meios, qpów criado, em Famalicão, de uma Base de Apoio Logístico (BAL), com capacidade de alojamento até 100 operacionais, situada na freguesia de Bairro, o que foi considerado “fundamental”, para o DECIR.
O distrito de Braga dispõe também de dois helicópteros ligeiros para ataque inicial aos incêndios rurais, sedeados no Centro de Meios Aéreos (CMA) de Fafe (15 de maio a 31 de outubro) e para a movimentação e/ou rendição de grupos de combate a incêndios rurais, em caso de haver necessidade, em estreita articulação com as Câmaras de Esposende, Famalicão e Vizela. Os Bombeiros Famalicenses dispõe ainda de quatro veículos de transporte coletivo de passageiros.
Grande envolvimento das corporações de bombeiros
No atual nível de empenhamento reforçado – Nível II, que corresponde ao período de 15 a 31 de maio -, o distrito de Braga conta com 434 operacionais, mas esse número será diversas vezes reforçado, conforme o nível, até ao máximo de 598 elementos, no período de 01 de julho a 30 de setembro. Estas equipas conciliam vários agentes de proteção civil, com especial ênfase para o bombeiros voluntários, como disse o comandante distrital, Hermenegildo Abreu, falando perante todos os responsáveis presentes em Braga.
A apresentação pública decorreu na reunião da Comissão Distrital de Proteção Civil, com a presidência do autarca de Barcelos, Miguel Costa Gomes e teve a presença dos representantes das entidades com representação na Comissão de Proteção Civil, bem como o comandante regional de Emergência e Proteção Civil da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, tenente-coronel Carlos Rodrigues Alves, representantes das associações humanitárias e corpos de bombeiros do distrito de Braga, além de representantes dos serviços municipais.
Uma plataforma que responde às necessidades dos cidadãos
“Este plano apresentado aplica-se à área do distrito de Braga e a todos os organismos e instituições que concorrem para defesa da floresta na gestão de fogos rurais e na proteção contra incêndios rurais, bem como todos os que cooperam nesta matéria, servindo de base à elaboração dos Planos de Operações Municipais de resposta aos incêndios florestais e de referência à elaboração de todas as diretivas, planos ou ordens de Operações de todos os agentes e entidades integrantes do Dispositivo Distrital”, referiu Hermenegildo Abreu.
“O Plano Operacional Distrital (PLANOP) constitui-se como uma plataforma estratégica capaz de responder às necessidades dos cidadãos, definindo, além do dispositivo e no âmbito do Sistema Nacional de Proteção Civil e das competências próprias das respetivas autoridades políticas, a arquitetura da estrutura de direção, comando e controlo e o dispositivo especial de combate aos incêndios rurais (DECIR), bem como, regula a coordenação institucional e a articulação da intervenção das organizações integrantes do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) e rege-se pelos princípios definidos nas Diretivas Operacionais Nacionais da ANEPC”, disse o mesmo responsável.
“O dispositivo planeado destina-se a assegurar a mobilização, prontidão, empenhamento e a gestão de todos meios disponíveis de uma forma eficiente e eficaz para o combate aos incêndios rurais, encontra-se empenhado de forma permanente, sendo reforçado, em conformidade com os níveis de empenhamento operacional sempre em função dos níveis de probabilidade de ocorrência de incêndios rurais e do estado de alerta do SIOPS”, concluiu.