Afinal, emblemático palácio em Monção foi vendido a família luso-indiana

Investidores ligados ao setor da aviação
Foto: DR

A venda do Palácio da Brejoeira, em Monção, terá sido, afinal, feita à família luso-indiana Mirpuri.

O Público tinha noticiado, na quarta-feira, que a venda tinha sido realizada a investidores sauditas. Contudo, esta sexta-feira, o mesmo jornal vem retificar a informação.

Conforme apontam fontes ligadas ao setor dos vinhos, o negócio terá sido mesmo firmado com a família que é dona da empresa Hi Fly, ligada à aviação comercial, e que tem investimentos noutras áreas como engenharia, floresta, agricultura ou imobiliário.

O grupo empresarial da família Mirpuri é liderado por Paulo Mirpuri que, segundo o mesmo jornal, é médico e piloto de aviação. O grupo de investimentos apresenta-o ainda como um “homem de negócios e filantropo”.

Os valores da transação ainda não são conhecidos, mas, de acordo com os valores estimados nos últimos anos, o negócio deve rondar os 25 milhões de euros.

Nos últimos anos foram conhecidos diversos interessados, como grupo Amorim, Sonae, o dono da Zara (Amancio Ortega), Joe Berardo e o ‘gigante’ do vinho do Porto Symington.

O Palácio da Brejoeira, construído no início do século XIX, é um dos ‘ex-libris’ do concelho de Monção e daquela sub-região dos Vinhos Verdes, contando com 28 hectares, sendo 17 de vinhas da casta Alvarinho, três de jardins e oito de bosque.

Foi erguido por um cavaleiro da Ordem de Cristo e tem mudado de mãos ao longo dos anos. No século XX, foi adquirido comendador Francisco de Oliveira Paes para o oferecer a sua filha Maria Hermínia Silva d’Oliveira Paes, nascida em 1918. Foi esta quem reestruturou a propriedade e procedeu à plantação e comercialização do prestigiado vinho da casta Alvarinho “Palácio da Brejoeira”.

Maria Hermínia d’Oliveira Paes residiu na área privada do palácio até à data da sua morte, que ocorreu a 30 de dezembro de 2015.

Um ano depois, Emílio Magalhães tornou-se o acionista maioritário da empresa, sendo que os restantes 45% eram propriedade de uma família da zona de Lisboa.

O palácio classificado como Património Nacional desde 1910 e representa o encontro entre dois estilos – Barroco e Neoclássico. Está aberto ao público diariamente para visitas.

 
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