O Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) do Rio Minho, constituído por municípios do Alto Minho e da Galiza, apresenta em dezembro a Estratégia de Cooperação Inteligente, a candidatar aos fundos 2030, avançou hoje o diretor.
“A Estratégia 2030 de Cooperação Inteligente do Rio Minho, que terá de conter projetos de desenvolvimento assentes no pressuposto de que o rio Minho é a coluna vertebral de todo este território, será apresentada em dezembro. Será fundamental para podermos aceder aos novos fundos comunitários 2030”, afirmou Uxío Benítez.
O responsável, que é também responsável pela cooperação transfronteiriça da província de Pontevedra e que falava aos jornalistas à margem do I Fórum do Rio Minho, realizado na Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE) de Valença, referiu-se aquele encontro como sendo “histórico”, neste território.
“Reunimos entidades, instituições, universidades e a sociedade civil de ambos os lados do rio para fazer algo histórico, um estudo estratégico de todo o território”, destacou Uxío Benítez.
O diretor do AECT do Rio Minho destacou o facto de aquele fórum, dividido por quatro painéis – com os temas “setores produtivos, governança no território transfronteiriço, mobilidade, os serviços e o turismo sustentável, cultura e comércio tradicional – ter reunido uma “equipa científica composta por seis universidades, três portuguesas e três galegas mas também a sociedade civil das duas regiões vizinhas”.
“O objetivo foi o de reunir propostas da sociedade civil que integrarão a Estratégia 2030 de Cooperação Inteligente do Rio Minho”, frisou.
O AECT Rio Minho, com sede em Valença, abrange um total de 26 concelhos: dez da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho e 16 concelhos galegos da província de Pontevedra com ligação ao rio Minho.
O presidente da Câmara de Valença e vice-presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, Jorge Mendes, reforçou que aquele documento constitui-se como “um projeto para a região transfronteiriça se preparar para o futuro”.
“O futuro é já amanhã porque hoje já é passado. Para podermos ter o futuro que almejamos, temos de fazer um trabalho conjunto. Foi para isso que o AECT do rio Minho foi constituído. Para além da sua componente operacional, o agrupamento transfronteiriço é uma voz política da região muito importante”, frisou.
O autarca social-democrata destacou a importância do “espaço de apresentação de propostas e de debate com a sociedade civil, as instituições e academias”.
“É um contributo importante para construir um documento que será fechado em dezembro e que será um estratégico para concorrer aos fundos comunitários do programa 2030”, disse.
Aquele documento “estabelecerá os eixos gerais e objetivos específicos para um desenvolvimento conjunto baseado na utilização e promoção dos recursos endógenos, e na cooperação inteligente entre atores institucionais e sociais de ambas as margens do rio”.
O agrupamento “tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento socioeconómico e da coesão institucional do território de intervenção, para a promoção do património cultural e natural transfronteiriço, para a valorização das potencialidades dos seus recursos endógenos, e para a criação e consolidação da marca turística transfronteiriça rio Minho e outras marcas no âmbito nacional e internacional”.