Advogado condenado a 3 anos de prisão por burlar treinador de Barcelos

Com pena suspensa
Foto: DR

O Tribunal de Guimarães condenou um advogado a três anos de prisão, suspensos por igual período, por burla e falsificação, crimes praticados em prejuízo de três clientes, todos eles treinadores de futebol.

Duarte Manuel Costa, com escritório em Lisboa, ficou, ainda, obrigado – como condição para a suspensão da execução da pena – a pagar aos treinadores Jorge Maciel (de Barcelos), Baltemar Brito e José Manuel Moreira, um total de 22.443 euros, acrescidos de juros de mora.

As três juízas do Coletivo absolveram um outro arguido Rodolfo Vaz, empresário de futebol, que foi julgado pelos mesmos crimes, em coautoria.

O teor do acórdão vai, agora, ser enviado ao Conselho de Deontologia de Lisboa da Ordem dos Advogados, mas “informando que ainda não transitou em julgado”.

O Ministério Público do Tribunal de Famalicão – após queixa do advogado bracarense João Magalhães e dos juristas vimaranenses Anabela M. Gonçalves e Sérgio Araújo – concluíra que o jurista burlara os ‘técnicos’ em 14 mil euros, de honorários e de traduções e, ainda, de quatro mil francos suíços, (3240 euros) que lhes pedira de taxa de justiça da FIFA, para a entrada de uma petição contra o clube líbio All Itthiad Sports Cultural Club, de Tripoli, Líbia.

Só que a queixa na FIFA nunca entrou, nem este organismo cobra taxas por ações semelhantes, as traduções não existiram e o advogado limitou-se a negociar com os líbios, à sua revelia.

Adjunto no All Itthiad

Em 2013, a equipa técnica – com Baltemar Brito como treinador principal – aceitou convite para treinar o All Itthiad, função que assumiram durante quatro meses, tendo sido despedidos sem causa.

No All Itthiad, Jorge Maciel “apoiava o técnico principal na comunicação com os atletas e nas listas de convocados e de reforços e servia de escudo face à comunicação social”.

Em 2014, já em Portugal, através do Rodolfo Vaz, o trio contactou Duarte Costa que lhes pediu aquelas verbas e disse ter metido uma ação na FIFA, tendo mesmo, em dezembro, informado que o clube já teria sido citado para contestar. Em outubro de 2014 remetera-lhe uma decisão favorável da FIFA, por e-mail, condenando o clube ao pagamento de 72 mil a Jorge Maciel, vindo, depois, a anunciar que fizera um acordo com os líbios por 65 mil euros. Que nunca chegaram. E a ‘decisão’ da FIFA era falsa.

 
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