Uma advogada de Braga, com um escritório virtual em Barcelos, a quem a PJ de Braga efetuou busca, é suspeita de ter vendido pelo menos 16 casas que não eram suas, soube O MINHO, num esquema fraudulento que atingiu um milhão e meio de euros. De acordo com as primeiras informações, a advogada em causa, Anabela Santos Nogueira, tinha já sido excluída do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), por supostas irregularidades, após advogar, na sequência da sua licenciatura em Direito, pela Universidade do Minho, em Braga.
A causídica, Anabela Santos Nogueira, tal como o seu marido, residentes na freguesia de Gualtar, Braga, estão indiciados por crimes de burla qualificada e falsificação de documentos, com o que terão causado prejuízos de cerca de um milhão e meio de euros, tendo ficado para si com mais de 750 mil.
O seu marido, de 33 anos, estabelecido com uma oficina de automóveis, na freguesia de Sequeira, em Braga, está indiciado por apoiar a mulher, advogada, que se terá dedicado a vender casas de emigrantes e outras segundas habitações de pessoas que se encontravam fora de Portugal, gerando hipotecas, pelas quais recebia dinheiro, para depois deixar serem executadas, ficando alegadamente com o dinheiro, tendo a PJ feito buscas a vários familiares do casal suspeito.
A Polícia Judiciária de Braga está a receber mais informações e, para além das 16 queixas criminais, há ações cíveis, através das quais os verdadeiros proprietários pretendem que as casas voltem para a sua titularidade, porque além de não terem consentido as vendas, nunca receberam um cêntimo pelas transações.