O coordenador do programa autárquico do PS à Câmara de Braga, Adolfo Macedo, mais conhecido pelo nome artístico Adolfo Luxúria Canibal, apela à salvação da cidade de Braga através do candidato socialista Hugo Pires, revelando os motivos pelos quais decidiu apoiar o atual deputado da Assembleia da República.
“Eu apoio o Hugo Pires porque senti a absoluta necessidade de salvar a minha cidade. Salvar Braga, ao fim de oito anos de desgoverno desta maioria, tornou-se absolutamente essencial”, começa por dizer o músico e consultor jurídico, num vídeo partilhado pela página da candidatura através das redes sociais.
Adolfo, que se tornou na maior surpresa destas autárquicas na cidade dos Arcebispos, afirma que a candidatura de Hugo Pires pareceu ser “a mais apta” para destronar a direita no concelho.
“Não só tem potencialidade de vitória como é uma candidatura que não se fecha no PS. É uma candidatura aberta, participada e que quer congregar o mais possível toda a esquerda bracarense nesta luta comum contra esta maioria de direita. E é isso que me fez apoiar e participar ativamente nesta candidatura”, assumiu.
A entrada em cena do vocalista dos Mão Morta, onde assumiu críticas ao antigo presidente socialista Mesquita Machado, não passou em ‘panos quentes’, causando algum mal estar dentro da própria concelhia do partido em Braga
Questionado sobre o facto de integrar uma candidatura encabeçada por um ex-vereador de Mesquita Machado, de quem foi um assumido crítico, o músico explicou, na altura em que foi ‘apresentado’ aos eleitores, que “a candidatura de Hugo Pires é uma rutura” com o “mesquitismo”.
“É verdade que [Hugo Pires] foi vereador de Mesquita Machado mas a prova de que representa um romper com esse passado, que acho horrível, é a falta de apoio do PS local à sua candidatura, PS esse que continua a ser controlado por Mesquita Machado”, justificou.
Mas o PS local não gostou e, em carta enviada aos militantes, o líder da concelhia, Artur Feio, considera que as declarações de Adolfo Luxúria Canibal são “absolutamente incompreensíveis e inaceitáveis” e recorda que o cantor e advogado “por mais do que uma vez” integrou Comissões de Honra de candidaturas de Mesquita Machado.