O administrador diocesano de Viana do Castelo, assim nomeado na sequência da morte do bispo Anacleto Oliveira, pediu hoje, na mensagem de Natal aos fiéis do Alto Minho, que o Advento “envie” um novo “pastor” para a região.
“Não posso deixar de lembrar um Advento que, como diocese, vivemos ardentemente. Estamos com a Sé Episcopal vaga (Sede Vacante). Sempre tenho rogado que se reze, oficialmente e em particular, para que o senhor da Messe, Jesus Cristo, nascido em Belém, nos envie um Pastor, um sucessor dos Apóstolos, um novo Bispo, para que, à Diocese de Viana do Castelo também chegue a alegria, a luz e o calor natalício da lareira”, refere o monsenhor Sebastião Pires Ferreira.
O bispo de Viana do Castelo, Anacleto Oliveira, morreu em setembro, aos 74 anos, na sequência do despiste do automóvel que conduzia na Autoestrada do Sul (A2) perto de Almodôvar, no distrito de Beja.
Anacleto Oliveira celebrou, em agosto, 50 anos de ordenação e 10 anos como bispo de Viana do Castelo.
Na mensagem hoje enviada à agência Lusa, designada “Quatro Adventos num só Natal”, o administrador diocesano refere que o primeiro tempo do Ano litúrgico está a preparar a diocese de Viana do Castelo não para “um segundo nascimento de Jesus Cristo, mas, sim, para uma segunda Vinda”.
“É esta segunda Vinda de Jesus que está em causa, pois não sabemos o dia nem a hora, em que Ele virá. Mas, virá. Então, o Advento que vivemos, não só desperta para esta segunda Vinda, sem data, como nos ajuda a estarmos vigilantes”, acrescenta.
Na mensagem dirigida aos fiéis, o administrador diocesano recorda “com saudade, respeito e carinho, o senhor D. Anacleto” e acrescenta que o seu “reconhecimento” e “valioso legado” continua “a orientar e a prevenir”.
Sebastião Pires Ferreira alerta ainda que este ano a celebração do Natal está “envolvida por uma nuvem invisível de pandemia – covid-19 – que espreita e ataca, ao mínimo descuido”.
“Também, aqui, é necessário respeitar o seu Advento. É múltiplo, tem sido alongado e é exigente. Neste sentido, é-nos pedido que este Natal possa ser um testemunho cristão de responsabilidade cívica e de prudência inteligente, afirmando, assim, o valor inegociável da vida que o Senhor se prepara para nos oferecer”, observa.
Lembrando todos aqueles que morreram devido à doença provocada pelo novo coronavírus, o administrador diocesano considera que, também face à pandemia, “é necessário o Advento” para que “haja Natal” nas casas, paróquias, restaurantes e outros espaços lúdicos permitidos.
A diocese de Viana do Castelo, fundada através de uma bula do beato Paulo VI, publicada a 03 de novembro de 1977, abrange os 10 concelhos do Alto Minho.
A diocese mais jovem do país integra 291 paróquias espalhadas pelos 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo e tem cerca de 120 sacerdotes.