O fim do julgamento do chamado Caso das Convertidas, onde são arguidos os anteriores vereadores socialistas da Câmara de Braga, incluindo o ex-presidente Mesquita Machado, que estava previsto para esta sexta-feira, no Tribunal de Braga, foi adiado para 13 de abril.
A razão do adiamento tem a ver com o facto do Tribunal da Relação de Guimarães ainda não ter decidido se aceitará ou não o pedido de recusa de depoimento para testemunhar, na anterior audiência, por parte do advogado Moura Duarte, invocando sigilo profissional.
Em face do pedido de recusa em depor por parte daquele causídico bracarense, com base na Constituição, no Código de Processo Penal e no Estatuto da Ordem dos Advogados, é à instância judicial superior que cabe sempre decidir aquilo que deverá prevalecer, isto é, o sigilo profissional ou a descoberta da verdade que ajude a um acórdão mais esclarecido.
Em causa no julgamento do Caso das Convertidas está o alegado favorecimento, da parte de Mesquita Machado e com o acolhimento de todos os outros vereadores socialistas, da expropriação com caráter de urgência de imóveis envolventes ao Palácio das Convertidas, na Avenida Central, em Braga, para a instalação da nova Pousada da Juventude de Braga.
Segundo o Ministério Público, Mesquita Machado terá decidido alterar a localização da pousada, dos arredores para o centro da cidade de Braga, alegadamente para beneficiar uma filha e um genro, que seriam ou teriam sido proprietários dos imóveis expropriados.
Além de Mesquita Machado, são arguidos o seu anterior vice-presidente, Vítor de Sousa, bem como os ex-vereadores Hugo Pires e Palmira Maciel (atuais deputados do Partido Socialista na Assembleia da República), Ilda Carneiro e Ana Paula Pereira, todos do PS.