A leitura da sentença do dono do “camião do fraque”, o empreiteiro bracarense Domingos Correia, foi esta tarde de quarta-feira adiada para o próximo dia 9 de fevereiro, no Palácio da Justiça de Braga, devido à greve dos funcionários judiciais marcada até sexta-feira.
No final do julgamento, realizado a semana passado no Juizo Criminal de Braga, perante a juíza Maria do Rosário Lourenço, o Ministério Público solicitou a condenação para o empreiteiro Domingos Correia, mais conhecido por “dono do camião do fraque” quando andava atrás do presidente do SC Braga, António Salvador, com uma betoneira e uma carrinha, mas foi judicialmente impedido de continuar a utilizar esses métodos, que terão sido inspirados no conceito do “Senhor do Fraque”.
Domingos Correia, de 41 anos, desmentiu no julgamento ter proferido a expressão “vós estais habituados a roubar”, alegadamente dirigida a António Feliz, o administrador da metalomecânica Feliz, devido a desinteligências relativas com negócios entre ambos. A hipótese de um acordo gorou-se, porque Domingos Correia recusou pedir desculpa ao então seu amigo, pelo teor do telefonema realizado em 26 de novembro de 2015, já que segundo a versão do arguido, “eu nada lhe disse que justifique um pedido de desculpas”, negando tais palavras, mas “somente disse que iria tratar do caso nas instâncias próprias”.
Segundo Domingos Correia, “ele não construiu um pórtico em Vila Franca de Xira e que lhe paguei antecipadamente e tive de custear duas vezes para outros o fazerem”, enquanto António Feliz diz que a razão do telefonema foi para “pedir-me uma redução do preço” e admitiu que o assunto do pórtico foi abordado, mas num telefonema anterior, quando se encontrava na Argélia e ficou de devolver a chamada, o que não fez por “esquecimento”.