A greve de hoje da administração pública está a ter uma adesão de 90% na área da saúde, 60% na justiça e obrigou ao fecho de mais de 1.500 escolas, segundo a Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap).
O secretário-geral da Fesap, José Abraão, falava junto ao parlamento, onde uma delegação de dirigentes sindicais foi recebida pelo vice-presidente da Assembleia da República.
Em declarações aos jornalistas, o dirigente sindical disse que a adesão na área da saúde, de cerca de 90%, foi a maior de sempre, na justiça chega aos 60% e obrigou ao fecho de mais de 1.500 escolas.
Os trabalhadores da administração pública cumprem, esta sexta-feira, uma greve nacional, a primeira da atual legislatura, e realizam uma manifestação à tarde, em Lisboa.
A Frente Comum da Administração Pública, da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP), convocou em dezembro uma manifestação nacional para esta sexta-feira contra a proposta de aumentos salariais de 0,3%, a que se seguiu o anúncio de greves nacionais por parte das estruturas da União Geral de Trabalhadores (UGT) – a Federação Nacional dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e a Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
Várias organizações setoriais marcaram também greves esta sexta-feira, como são os casos da Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE), da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas do Diagnóstico e Terapêutica.
Esta é a primeira greve nacional da função pública desde que o atual Governo liderado por António Costa tomou posse, em 26 de outubro, e acontece a menos de uma semana da votação final global da proposta de Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), marcada para 06 de fevereiro.