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Adega de Ponta da Barca e Arcos de Valdevez foi a melhor do país em 2022 e já exporta 75% do produto

No ano que celebra seis décadas

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Foto: DR

A Adega Cooperativa Ponte da Barca e Arcos de Valdevez, fundada em 1963, foi eleita  “Adega Cooperativa” do ano 2022, nos Prémios Grandes Escolhas, que decorreram no início do mês de março, fruto da comercialização recorde de seis milhões de unidades produzidas para 34 países distintos. A cooperativa é fonte de rendimento para cerca de 850 famílias e expandiu, no ano passado, a sua área de intervenção em mais 500 hectares de vinha. Nos últimos quatro anos cresceu o seu volume de negócios em 175%, para os 9,8 milhões de euros.

Em comunicado enviado à imprensa, a cooperativa considera que  “este prémio vem reconhecer o aumento crescente da notoriedade da adega e dos seus vinhos, nomeadamente da coleção premium, designada “Reserva de Sócios””, apontando-os como “vinhos estruturados, com estágio em barricas de várias madeiras (carvalho, castanho e acácia), de várias origens (França, Portugal e EUA), que saíram do departamento de inovação & ID criado em 2018”.

A adega, que exporta hoje 75% do seu volume de negócios, é reconhecida há décadas como um dos produtores mais emblemáticos dos vinhos verdes, e lançou recentemente uma nova imagem corporativa e uma nova designação empresarial: “Barcos Wines”. “Este novo nome, vem reforçar a estratégia da empresa que, a partir de Ponte da Barca e dos Arcos de Valdevez, se virou para o mundo”, considera a cooperativa, que nos “últimos anos não parou de crescer, batendo sucessivos recordes”.

“Os pilares da empresa são hoje a responsabilidade social e a sustentabilidade integral do negócio. A sustentabilidade é uma prioridade estratégica, que se estende desde a vinha à adega, à utilização eficiente dos recursos naturais”, afirmou Rui Folha, presidente do Conselho de Administração, na cerimónia em que recebeu o galardão. “A preocupação ambiental e social está expressa em toda a cadeia de valor, tendo a Barcos Wines, cada vez mais, um forte impacto social e económico no meio rural que abrange, pois é uma importante fonte de rendimento para cerca de 850 famílias locais”, salientou.

Para José Oliveira, diretor geral e enólogo da cooperativa, o sucesso da empresa, é consequência “da aposta na valorização das pessoas, do arrojo dos seus quadros na inovação e no empenho na produção de vinhos genuínos, que exprimem a essência das uvas autóctones, sobretudo o Loureiro, Alvarinho e Vinhão, que usufruem de recursos naturais únicos nos vales dos rios Lima e Vez assentes em solos graníticos”. A adega prepara-se para lançar, em 2023, cinco novos produtos totalmente disruptivos, da casta Loureiro, Alvarinho, Vinhão e Espadeiro.

Na enologia, além de se “ter apetrechado com tecnologia de ponta, a Barcos Wines tem percorrido um caminho de recuperação de técnicas e práticas enológicas ancestrais, produzindo vinhos, quase sem intervenção humana, com curtimenta e maceração pelicular, fermentação espontânea, entre outros”.

A Barcos Wines possui hoje um vasto portfolio de vinhos, espumantes e aguardentes, vinhos em lata, cervejas artesanais de inspiração vínica e uma coleção de chocolates e trufas com recheios de vinho, aguardente e cerveja.

Os Prémios Grandes Escolhas, organizados pela revista Grandes Escolhas, vão já na sua sexta edição com a atual equipa. A gala que distingue e premeia os melhores vinhos, bem como empresas, profissionais e instituições na área de vinhos e gastronomia, em Portugal, contou com mais de 800 convidados, que se no reuniram C.A.R.–Centro de Alto Rendimento (Velódromo), em Sangalhos para uma noite dedicada aos Melhores do Ano.

De acordo com Luís Lopes, diretor da revista, “nesta edição, reuniram-se inúmeros protagonistas do mundo dos vinhos e da restauração/gastronomia, que são a prova viva que o nosso país se destaca nestes setores. Para a nossa equipa foi um enorme prazer premiar os melhores de 2022 sejam eles produtores de vinho, chefs de cozinha, enólogos, viticólogos, sommeliers, comerciais, proprietários de restaurantes e outros profissionais da área, se bem que esta tarefa vai sendo cada vez mais difícil tendo em conta a qualidade dos projetos. Mas diria que os vinhos portugueses estão de parabéns, e que o setor está cada vez mais consistente e mais forte para se impor também no mercado internacional”.

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