A Adega de Monção anunciou hoje que irá distribuir, este ano, mais de 10 milhões de euros pelos seus associados, após ter fixado, em assembleia geral, realizada no domingo, “um valor máximo de 1,25 euros por quilos, que abrange 99% da colheita de uva Alvarinho”.
Em comunicado, a Adega de Monção salienta que é, assim, “a primeira cooperativa nacional a ultrapassar a barreira dos 10 milhões de euros na remuneração que devolve aos seus associados como retribuição pela respetiva colheita”. Esse valor no ano passado foi de oito milhões de euros.
“O valor poderá ainda ser aumentado por eventuais bónus dependentes dos resultados comerciais que vierem a ser apurados para a vindima de 2024”, acrescenta.
“O contexto de múltiplas crises que vivemos é contrariado pela Adega de Monção através de uma política comercial que permitiu a valorização do produto e um crescimento significativo com base sólida, que faz com que a Adega de Monção esteja na dianteira dos que pagam melhor a uva aos seus produtores e que possa continuar a acrescentar qualidade, inovação e marca aos vinhos que produz”, pode ler-se no comunicado.
A Adega de Monção destaca que os maiores volumes produzidos são de Vinhos Verdes Brancos, resultantes de ‘blends’ de vinhos de uvas das castas Alvarinho e Trajadura e vinhos monocasta Alvarinho. Mas também produz Vinhos Verdes Tintos e Rosados, Espumantes de Qualidade do Vinho Verde (brancos, tintos e rosados), Aguardentes Vínicas de Vinho Verde e Vinho Licoroso IG Minho.
A Adega de Monção foi fundada, em 1958, por 25 viticultores da região. Em 1962, já com 66 produtores, realizou-se a primeira vindima da Adega de Monção.
“Seria o início de uma produção que, mais do que a região, conquistou o país e se expande, ainda hoje, para todos os cantos do Mundo”, vinca o comunicado.
“Somos uma Adega com gente dentro. O sucesso financeiro e comercial que alcançamos é o sucesso dos nossos associados, pois são eles quem nos entrega uns espantosos 99% de uvas que logram atingir a máxima classificação de qualidade”, afirma o presidente da Adega, Armando Fontainhas, citado no comunicado.
“Assim, é apenas justo devolvermos-lhe o recorde, que é tanto deles como nosso, e sermos a primeira Adega Cooperativa de Portugal a superar os 10 milhões de euros na remuneração da uva de quem a cultiva”, conclui o responsável.