A adega Cooperativa de Monção atingiu, em 2017, uma “faturação histórica” de 14,5 milhões de euros, tendo registado um aumento de 8% no volume de vendas e de 27% nas exportações, avançou hoje à Lusa aquela estrutura.
De acordo com os dados da maior adega do país em número de sócios e maior produtor de vinho da sub-região Monção Melgaço, em 2017, foram produzidos, naquela cooperativa, seis milhões de garrafas de vinho verde.
No ano passado, os vinhos produzidos pela adega de Monção “entraram no mercado chinês e o crescimento de vendas na Rússia atingiu os 225%, onde o exponencial de crescimento é enorme”.
A adega destacou ainda que desde 2015, em resultado do acordo que permitiu alargar a sua produção fora das fronteiras de Monção e Melgaço, “as vendas do Alvarinho Deu La Deu subiram 42%”.
Na quarta-feira, Comissão de Viticultura da Região do Vinho Verde (CVRVV) revelou que, desde 2015, a venda do vinho verde Alvarinho aumentou 32%.
No balanço do terceiro ano da celebração do Acordo Alvarinho que permitiu aos produtores de vinho verde de todo o país plantar e produzir vinho daquela casta, a CVRVV apresentou os números que contribuíram para o crescimento das vendas do vinho verde.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a CVRVV deu ainda conta de que, desde 2015, o Alvarinho/Trajadura cresceu 17%, apresentando uma produção de 3,3 milhões de litros por ano, enquanto o até então “proibido” Alvarinho/Loureiro registou uma produção superior a 990 mil litros anuais.
Na nota enviada, hoje à Lusa, a adega de Monção revelou ainda que ter sido aprovada a candidatura que apresentou em janeiro ao Regime de Apoio à Reestruturação de Vinhas (VITIS) no valor de mais de 353 mil euros, para a renovação de uma área de vinha na ordem dos 30 hectares.
A adega de Monção, com 1.600 associados da sub-região Monção e Melgaço, adiantou que, com a aprovação daquela candidatura, “irá seguir-se a fase da reconversão das vinhas, com o arranque de vinhas de diferentes castas e a replantação das castas Alvarinho, Trajadura e Vinhão”.
“Com este apoio, agora concedido, será possível renovar a paisagem vitícola da sub-região Monção e Melgaço e, por conseguinte, aumentar a produtividade das vinhas e o rendimento dos viticultores”, sustentou.
A adega explicou que a “aposta na renovação das vinhas tem contribuído, entre outros fatores, para a melhoria da qualidade dos vinhos produzidos na região, cujo reconhecimento no mercado obriga a elevar cada vez mais os padrões de exigência do cultivo e da produção”.
Segundo números fornecidos pela adega, fundada em 1958, “são produzidas, por ano, em 1.237 hectares, cerca de oito milhões de quilos de uvas, das quais 60% pertencem à casta Alvarinho”.
A adega de Monção, situada em plena Região Demarcada dos Vinhos Verdes, na sub-região de Monção e Melgaço, à qual foi reconhecido o uso exclusivo da designação de “Vinho Verde Alvarinho”, exporta para a Europa, África, América do Norte e do Sul.
A instituição integra a rede de Pequenas e Médias Empresas (PME) inovadoras da COTEC, resultado da aposta nas tecnologias modernas empregues na vinificação”.