A Aliança Democrática (AD) considera que o novo governo a ser eleito, no próximo domingo, terá de encarar como uma “verdadeira emergência nacional” a “reversão do desinvestimento e do abandono a que o PS votou os territórios de baixa densidade, nos últimos oito anos”.
Numa jornada dedicada ao concelho de Cabeceiras de Basto, o mandatário da candidatura da AD no distrito, Paulo Cunha, lamentou as “dificuldades acrescidas que atravessam as populações e as instituições sociais deste território, muito por culpa da prática centralista do PS e do desinvestimento público”.
“O país está mal na educação, na saúde, na assistência social sobretudo aos mais idosos, às crianças e populações mais vulneráveis. Mas está bem pior nestes territórios rurais e de interior. É aqui que o Estado tem de ser solidário e assumir a obrigação de não falhar e garantir uma discriminação positiva”, denunciou Paulo Cunha, líder distrital e vice-presidente da direção nacional do PSD, citado em comunicado.
Acompanhado por diversos candidatos a deputados pela Aliança Democrática, Paulo Cunha denunciou que “o país está cada vez mais desigual”.
“Agravam-se as assimetrias entre Lisboa e o resto do país, entre as zonas urbanas e rurais, entre o litoral e o interior, com especial impacto nas populações mais vulneráveis”, nota.
Para “contrariar este ciclo negativo”, o mandatário distrital da Aliança reclamou “novas políticas de valorização do mundo rural e das suas populações, designadamente ao nível das acessibilidades, dos apoios à agropecuária de minifúndio e em especial aos jovens agricultores”.
Em comunicado, a coligação entre PSD, CDS-PP e PPM refere que as instituições sociais “merecem também uma atenção discriminada, que leve em conta os custos acrescidos da interioridade e da dispersão do território”.
“A coligação PSD/PP/PPM assume o compromisso de reimplantar um regime de confiança e fiabilidade do Estado com as instituições de solidariedade social e de serviço às comunidades locais, de forma a reverter o estrangulamento financeiro que enfrentam por força dos atrasos de pagamentos devidos pelo Estado e da desatualização dos acordos de comparticipação”, refere.
A candidatura da AD– onde se incluíram a deputada Clara Marques Mendes e os candidatos Emídio Guerreiro, Ana Santos e Joaquim Barbosa, assim como autarcas locais Manuel Teixeira, António Fernandes e Laura Magalhães – visitaram várias instituições, como a Santa Casa da Misericórdia, o Centro Social, os Bombeiros Voluntários, a ADIB – Associação Dinamizadora dos Interesses de Basto, a ARCA – Associação Recreativa e Cultural de Arco de Baúlhe e vários Espaços de Convívio e Lazer do concelho.