São quatro: três homens e uma mulher. Que traficavam droga em Barcelos. Começaram hoje a ser julgados no Tribunal de Braga e confessaram, “integralmente e sem reservas”, os crimes. O que levou o coletivo de juízes a dispensar as 40 testemunhas arroladas no processo e a dar o julgamento por terminado, faltando, agora, o acórdão final.
A acusação diz que José E., Bruno R., Pedro V. (este em prisão preventiva) e Ana C., todos de Barcelos e com idades entre os 21 e os 31 anos, venderam, entre 2019 e 2022, estupefacientes – nomeadamente canabis em resina e em folha – a vários consumidores da zona.
Para tal, os dois primeiros arguidos usavam os telemóveis e as redes sociais, e nas conversas que mantinham ou mensagens que enviavam recorriam aos termos “chocolates, cenas ou camisolas verdes”. A GNR veio a apreender o telemóvel ao José E. e nele encontrou uma lista com o nome dos compradores e noutra o registo de troca de mensagens acerca da venda da droga.
Em 18 em setembro 2021, a GNR apreendeu ao José E. 29 gramas de canábis e uma balança e, dias depois, apanhou-lhe 2.120 euros em notas.
O magistrado concluiu, ainda, que os arguidos Pedro V. e Ana C. atuavam separadamente, com recurso a quatro automóveis, tendo feito cerca de 20 transações.
Em julho de 2022 a GNR intercetou o Pedro V, e foi à casa da dupla onde apreendeu mais de quatro quilos de cannabis, 54 mil euros em dinheiro e três carros.
Acabaram todos acusados do crime de “tráfico e outras atividades ilícitas”.
O MP quer que, no final do julgamento a droga seja destruída e o dinheiro, bem como as balanças e uma faca, revertam a favor do Estado.