Jovens admitem em tribunal que abasteciam Barcelos com ‘erva’

Foto: Paulo Jorge Magalhães / O MINHO / Arquivo

São quatro: três homens e uma mulher. Que traficavam droga em Barcelos. Começaram hoje a ser julgados no Tribunal de Braga e confessaram, “integralmente e sem reservas”, os crimes. O que levou o coletivo de juízes a dispensar as 40 testemunhas arroladas no processo e a dar o julgamento por terminado, faltando, agora, o acórdão final.

A acusação diz que José E., Bruno R., Pedro V. (este em prisão preventiva) e Ana C., todos de Barcelos e com idades entre os 21 e os 31 anos, venderam, entre 2019 e 2022, estupefacientes – nomeadamente canabis em resina e em folha – a vários consumidores da zona.

Para tal, os dois primeiros arguidos usavam os telemóveis e as redes sociais, e nas conversas que mantinham ou mensagens que enviavam recorriam aos termos “chocolates, cenas ou camisolas verdes”. A GNR veio a apreender o telemóvel ao José E. e nele encontrou uma lista com o nome dos compradores e noutra o registo de troca de mensagens acerca da venda da droga.

Em 18 em setembro 2021, a GNR apreendeu ao José E. 29 gramas de canábis e uma balança e, dias depois, apanhou-lhe 2.120 euros em notas.

O magistrado concluiu, ainda, que os arguidos Pedro V. e Ana C. atuavam separadamente, com recurso a quatro automóveis, tendo feito cerca de 20 transações.

Em julho de 2022 a GNR intercetou o Pedro V, e foi à casa da dupla onde apreendeu mais de quatro quilos de cannabis, 54 mil euros em dinheiro e três carros.

Acabaram todos acusados do crime de “tráfico e outras atividades ilícitas”.

O MP quer que, no final do julgamento a droga seja destruída e o dinheiro, bem como as balanças e uma faca, revertam a favor do Estado.

 
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