Os arguidos acusados da coautoria de uma centena de furtos em estabelecimentos comerciais, recorrendo a sacos forrados a alumínio para “fintar” os sistemas de alarme, remeteram-se hoje ao silêncio, no início do julgamento, no Tribunal Judicial de Braga.
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O processo conta com 38 arguidos, todos de um país de leste, mas nesta primeira fase apenas estão a ser julgados 12, metade dos quais se encontra em prisão preventiva.
Os restantes serão julgados em separado, porque não houve a possibilidade de os notificar, uma vez que as moradas que deram às autoridades já estão desatualizadas.
Dos 12 em julgamento, apenas compareceram em tribunal os 6 que estão em prisão preventiva (duas mulheres e quatro homens).
Cada um dos arguidos é acusado da coautoria de uma centena de furtos qualificados, em centros comerciais, hipermercados e ourivesarias de todo o país, entre 2006 e 2014.
Nove deles, entre os quais todos os que se encontram em prisão preventiva, foram detidos a 13 de outubro de 2014, pela PSP do Porto.
Segundo a acusação, deduzida pelo Ministério Público, os arguidos organizaram-se para levar a cabo furtos em estabelecimentos comerciais, sobretudo em shoppings e hipermercados.
Enquanto uns distraíam os funcionários, outros, sobretudo as mulheres, metiam produtos em sacos e bolsas forrados a alumínio, conseguindo assim passar pelos sistemas de alarme das lojas sem serem “denunciados”.
Terão também utilizado um inibidor eletrónico de alarmes.
Furtavam de tudo um pouco, desde roupa a bebidas, passando por perfumes, artigos desportivos, ouro e pequenos eletrodomésticos.
No total, terão causado prejuízos que ascendem a mais de 100 mil euros.
Os furtos terão ocorrido em lojas em Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Guimarães, Grande Porto, Coimbra, Leiria e Algarve, entre outras localidades.