Rui Correia, acusado de agredir Diogo Alves com um copo de vidro em 2014 numa rixa no centro de Barcelos, disse ao O MINHO em direito de resposta que vai recorrer, para o Tribunal da Relação de Guimarães, do acórdão do Tribunal de Braga que o condenou a dois anos e 10 meses de pena de prisão, pela prática de um crime de ofensa à integridade física grave, pena que ficou suspensa por igual período.
À data, Rui Correia, o acusado, tinha 27 anos e Diogo Alves, tinha 22, e não 16.
O Coletivo de Juízes deu como provado que o Diogo e cinco amigos tentaram forçar diálogo com três amigas do Rui, que estavam nas cercanias de um café-bar, onde estavam Rui e seus amigos.
Deu, ainda, como demonstrado que o grupo do Rui (seis rapazes) foi procurar as amigas e, nesse momento, um amigo do Diogo, numa atitude provocatória, deu um grito e lançou líquido de uma garrafa de cerveja, em direção a eles. O Tribunal conclui, ainda, que o Diogo iniciou a contenda, porquanto deu um soco a um amigo do Rui, sem que nada o fizesse prever.
Entretanto, o irmão gémeo do Rui caiu ao chão e começou a ser pontapeado pelo Diogo em várias partes do corpo, tendo o Rui corrido em direção ao irmão e desferido ao Diogo uma pancada no rosto com um copo, partindo-o, sem querer. Na ocasião, o Diogo apresentava uma taxa de alcoolémia de 1,44 g/l.
O Acórdão decidiu que versão dos factos trazida pelo Diogo não mereceu acolhimento. Mas também não ficou provado que o Rui tivesse atuado com o propósito, deliberado, de magoar o Diogo.
Na fase de instrução e no julgamento, o arguido justificou-se dizendo que foi defender o irmão que estava a ser agredido e garantiu que lhe deu com o copo na cara, mas de forma inadvertida, já que estava no chão e rodou o braço. E negou ter tido intenção de o cortar com o copo.
O Diogo ficou com lesões permanentes em termos de visão.
Direito de resposta
“Rui Correia vem apresentar direito de resposta à notícia publicada no jornal “O Minho”, no dia 30 de janeiro, sob o título “Dois anos e dez meses de prisão por furar olho com copo de vidro numa rixa à saída de bar”, assinada por Luís Moreira, por ser forçoso contradizê-la, esclarecê-la e corrigi-la.
O Coletivo de Braga condenou Rui Correia a 2 anos e 10 meses de pena de prisão suspensa, pela prática de um crime de ofensa à integridade física grave, e não na forma qualificada.
Rui Correia tinha 27 anos e Diogo Alves tinha 22, e não 16, à data.
O Coletivo deu como provado que o Diogo e amigos (5 rapazes) tentaram forçar diálogo com 3 amigas do Rui, que estavam mais afastadas de um café-bar, onde estavam Rui e seus amigos.
Deu-se como provado que o grupo do Rui (6 rapazes) foi procurar as amigas e um amigo do Diogo, numa atitude provocatória, deu um grito e lançou líquido de uma garrafa de cerveja, em direção a eles.
Deu-se como provado que o Diogo iniciou a contenda, porquanto soqueou um amigo do Rui, sem que nada o fizesse prever.
Entretanto, o irmão gémeo do Rui caiu ao chão e começou a ser pontapeado pelo Diogo em várias partes do corpo e o Rui correu em direção ao irmão e desferiu ao Diogo uma pancada no rosto com um copo, partindo-o, sem querer.
O coletivo deu como provado que o Diogo, à data, apresentava uma taxa de alcoolémia de 1,44 g/l.
O Acórdão decidiu que versão dos factos trazida pelo Diogo não mereceu acolhimento. Não ficou provado que o Rui atuou com o propósito de magoar o Diogo.
Rui Correia vai recorrer do Acórdão, cujo prazo ainda decorre.
Rui Correia”