Os acionistas da SAD do Vitória de Guimarães, responsável pela equipa que compete na I Liga portuguesa de futebol, aprovaram, na terça-feira, o relatório e contas da temporada 2022/23, que apresenta um lucro de 1,74 milhões de euros.
Com 67,87% do capital social na posse do clube vimaranense, os acionistas reuniram-se no auditório do Estádio D. Afonso Henriques e aprovaram, por maioria, o documento referente à época transata.
Depois de concluir a temporada 2021/22 com um prejuízo de 13,7 milhões de euros, a SAD vimaranense regressou aos lucros após o aumento das vendas e serviços prestados, dos 11,2 para os 13,2 milhões de euros, e da rubrica “outros rendimentos e ganhos”, cujo valor quase duplicou, dos 12,1 para os 23,8 milhões.
Desses 23,8 milhões de euros, 22,6 milhões têm origem nas transferências dos defesas Falaye Sacko e Abdul Mumin, dos médios Gui e André Almeida e dos avançados Rochinha, Herculano Nabian e Bruno Duarte, no verão de 2022, e do defesa Ibrahima Bamba, do médio Janvier e do ponta de lança Anderson no final da época passada.
Os gastos diminuíram dos 27,8 para os 25,4 milhões de euros entre 2021/22 e 2022/23, com os gastos com pessoal a descerem dos 19,6 para os 15,6 milhões e os gastos com fornecimentos e serviços externos a subirem dos 5,8 para os 7,4 milhões, algo que a SAD justifica com a presença na Liga Conferência Europa e os subsequentes estágios que não existiram na época 2021/22, lê-se no relatório e contas.
Com o lucro de 4,63 milhões de euros na atividade do clube, responsável por outras 13 modalidades desportivas, o Vitória de Guimarães terminou a época 2022/23 com um lucro consolidado de 6,4 milhões de euros.
O resultado positivo do clube foi influenciado pela venda de ações da SAD ao fundo V Sports por 5,5 milhões de euros, aprovada na assembleia geral de 03 de março.
Detentor do Aston Villa, da Liga inglesa de futebol, o fundo adquiriu 46% das ações, com os seus proprietários, Nassef Sawiris e Wesley Edens, a serem eleitos para o conselho de administração na assembleia geral da SAD de 23 de maio, antes de abandonarem os cargos em 29 de junho, para “cumprirem todas as determinações da UEFA” com vista à independência entre Vitória e Aston Villa, e o fundo reduziu a sua participação na SAD para 29%, informaram então os vimaranenses.
Na assembleia geral de terça-feira, os acionistas aprovaram as entradas de Rui Rodrigues, até agora vice-presidente do conselho fiscal do clube, e de Silvério Alves para o conselho de administração da SAD, acompanhando o presidente, António Miguel Cardoso, e os administradores Nuno Leite e José Eduardo Viamonte, também vice-presidentes do clube.