Declarações dos treinadores do Famalicão e do Estoril Praia no final do encontro da 32.ª partida da I Liga portuguesa de futebol, que se realizou em Vila Nova de Famalicão:
Rui Pedro Silva (treinador do Famalicão): “Um jogo difícil sempre. O objetivo único era ganhar. E quando é assim transmite mais pressão, mais tensão, mais ansiedade no jogo. A equipa correspondeu, manteve-se focada na estratégia.
Acabámos, numa das nossas saídas, por provocar um erro, uma expulsão, que é determinante para o jogo. Aí mantivemos o nosso jogo, a nossa estratégia. Tentámos chegar ao golo. O Estoril acabou por baixar um bocadinho as linhas e estávamos a permitir o jogo exterior. Este jogo exterior acabou por me permitir a utilização do Cádiz, que entrou muito bem no jogo e um segundo avançado.
Acabámos por fazer o golo antes do intervalo, o que foi benéfico para nós.
Entrámos numa segunda parte em que o Estoril nos permitiu ter bola. Tivemos bola durante muito tempo.
No momento em que o Estoril tenta em transições ofensivas causar algum perigo fizemos o 2-0, com naturalidade. O Estoril reduz no lance seguinte. E, obviamente, que aqui apodera-se alguma ansiedade na nossa equipa, porque em jogos anteriores temos tido lances infelizes a terminar o jogo. Senti naquele momento a necessidade de estabilizar novamente a equipa. E a equipa estabilizou e fez o terceiro golo.
Acho que é uma vitória justa da nossa parte.
O futebol é sofrimento, é intranquilidade, no futebol não há facilitismos. Há um jogo de futebol que é disputado com níveis de tensão muito alto e o resultado termina 3-1. Temos uma bola que possivelmente entrou. Uma bola na barra. Acabou por ser um jogo com uma vitória justa.”
Bruno Pinheiro (treinador do Estoril): “Acredito que se fôssemos para intervalo com 0-0 poderíamos ter saído daqui a pontuar, porque conseguimos corrigir ao intervalo os aspetos defensivos e o Famalicão teve muita dificuldade para criar oportunidades reais de golo.
Estou convicto de que iríamos ganhar confiança e criar perigo, tivemos oportunidades para o 2-2. Esta segunda volta tem sido a nossa sina, não temos sido felizes no resultado, mas exibicionalmente temos cumprido quase sempre. Os resultados nem sempre correspondem ao jogo.
Estávamos bem, mas a expulsão condiciona. Tem-se de adaptar jogadores, readaptar estratégias. Nem sempre os processos de jogar contra 10 estão frescos. Quando tiraram um dos centrais para pôr mais um avançado beneficiaram a nossa organização defensiva e a transição ofensiva. Desperdiçámos duas ou três boas oportunidades e quando assim é paga-se caro.”