Um grifo – uma das três espécies de abutre em Portugal – vai ser libertado esta quinta-feira em Melgaço, numa ação conjunta da associação sem fins lucrativos Palombar e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
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De acordo com a Palombar, que se dedica à conservação da natureza e do património rural, a ave necrófaga esteve a recuperar no Centro de Recuperação de Fauna Selvagem do Gerês, e vai ser libertada junto ao Castelo de Castro Laboreiro, em Melgaço, a partir das 10:30, com a presença de várias entidades.
“Recuperar espécies-chave para restaurar os ecossistemas é o tema deste ano das comemorações do Dia Mundial da Vida Selvagem. Neste dia, agimos em conjunto para cumprir esse objetivo fundamental ao devolver à natureza um indivíduo de uma espécie de abutre com estatuto de ameaça desfavorável em Portugal e fundamental para os ecossistemas”, escreve a Palombar.
Refere a associação que, atualmente, não há registos oficiais da existência de grifos a nidificar no Parque Nacional Peneda-Gerês ou da presença de colónias, mas será libertado em Castro Laboreiro “por estar próximo do ponto onde foi encontrado debilitado e resgatado para recuperação”.
“Os abutres são essenciais para promover o equilíbrio e bom funcionamento dos ecossistemas. Estas aves têm a sua dieta baseada no consumo de animais mortos e eliminam, de forma rápida e eficaz, as carcaças que se encontram no campo, promovendo a sua limpeza e evitando a propagação de doenças. Adicionalmente, contribuem para a reciclagem de nutrientes e para o bom funcionamento da cadeia de alimentação na natureza”, esclarece a associação de natureza e património.
A Palombar desenvolve vários projetos com foco na proteção e conservação desta espécie, nomeadamente o projeto ConnectNatura e Sentinelas – Rede de Monitorização de Ameaças para a Fauna Silvestre.