Um carvalho em Joane, Famalicão, foi abatido, na quarta-feira, causando polémica entre a população que questiona a decisão da Câmara, que procedeu ao corte devido a razões de segurança. O PAN questionou a Câmara.
“Verificou-se que a árvore não apresenta condições fitossanitárias capazes de garantir segurança, o abate ficará a cargo dos serviços da Proteção Civil”, explica uma publicação do presidente da Junta de Joane, António José Oliveira.
“Claro que todos lamentamos o abate da NOSSA carvalheira, nenhum Joanense e muito menos o Presidente da Junta e a Junta, pretendiam este desfecho, mas a SEGURANÇA ESTÁ PRIMEIRO, e temos de aceitar as informações dos técnicos que avaliaram o estado da carvalheira”, acrescenta o autarca.
Contudo, as explicações não convencem a concelhia do PAN de Famalicão, que questionou a Câmara sobre o abate do carvalho.
Em comunicado enviado a O MINHO, o PAN salienta que “recebeu inúmeras queixas e testemunhos de populares indignados com o abate do carvalho que, além da importância ambiental, tinha um simbolismo especial para a população da Vila”.
Nesse sentido, acrescenta o partido, foram solicitados esclarecimentos à Câmara de forma a perceber qual o motivo para que o abate tenha ocorrido.
“As fotos a que tivemos acesso não são claras, no nosso entender, relativamente à necessidade extrema do abate ao invés de uma poda ou outros procedimentos que garantissem a conservação do carvalho”, avalia Sandra Pimenta, porta voz da concelhia famalicense, citada no comunicado.
O partido pediu à Câmara “o relatório técnico que deu origem a esta decisão, de forma a tentar perceber quais os critérios para o abate, e paralelamente quais as alternativas estudadas para esta situação em concreto”.
“Não nos surpreende que o abate tenha ocorrido sem qualquer ponderação e análise de alternativas, aliás, decisões dessas estamos habituados a testemunhar”, conclui Sandra Pimenta.