A autoestrada 28 (A28) foi reaberta ao trânsito pelas 21:35 de hoje, em Caminha, após estar cortada mais de cinco horas devido a um incêndio que começou em Vilar de Mouros, adiantou a GNR de Viana do Castelo.
A A28 esteve cortada desde cerca das 16:00.
O fogo que começou em Vilar de Mouros passou para Lanhelas e chegou ao concelho vizinho de Vila Nova de Cerveira, disse o presidente da Câmara.
Pelas 23:00 horas, o comandante dos Bombeiros de Caminha, que chefia as operações, disse à CNN Portugal que o fogo ainda está bastante ativo, resultando em ferimentos em três bombeiros.
De acordo com informação disponível na página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 00:30 desta quinta-feira, o fogo estava a ser combatido por 78 operacionais, apoiados por 23 viaturas.
Em declarações hoje à agência Lusa, o presidente socialista Miguel Alves disse que era angustiante ter de esperar que o fogo descesse o monte por não existirem acessos.
“O mais angustiante é ter de dizer às pessoas que temos de esperar. Estão no terreno todos os homens e meios que podem estar”, adiantou, à tarde.
O autarca de Caminha referiu que em Vila Nova de Cerveira o fogo avançou com força e velocidade impressionante em zona florestal, no monte de Goios.
Miguel Alves referiu que durante a tarde, em Caminha “houve casas em risco no lugar de Ranha e em Vilar de Mouros, mas foi criada, pelos bombeiros, uma cintura de proteção que impediu o pior”.
Cerca das 15:30 uma empresa de pirotecnia “também esteve em risco, mas com o apoio da cisterna da Junta de Freguesia de Lanhelas e dos Bombeiros de Caminha foi possível travar as chamas”.
“É preciso sublinhar que a limpeza que o proprietário fez na envolvente da empresa foi determinante para travar o fogo até que os meios de combate chegassem ao local”, apontou.
Segundo Miguel Alves, “o primeiro foco em Vilar de Mouros foi prontamente extinto pelos sapadores municipais e tivemos logo o apoio das cisternas da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros”.
Logo que esse fogo foi extinto surgiram outros focos, noutras zonas, não muito longe e o mesmo aconteceu ao longo do desenvolvimento do fogo, foram aparecendo focos. Não sei o que se passou
Portugal continental está em situação de contingência até às 23:59 de sexta-feira devido às previsões meteorológicas, que apontam para o agravamento do risco de incêndio, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país.