Declarações após o jogo Moreirense – AVS (1-1), da 17.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos, concelho de Guimarães:
– César Peixoto (treinador do Moreirense): “No fim, o resultado foi justo. Entrámos bem, com bola, a pressionar, a encostar o AVS à área. Acabámos por fazer o golo. Faltou capacidade para gerir o jogo com bola na primeira parte. Recuámos, tivemos maus posicionamentos e passes falhados, o que deu confiança ao AVS. Fizeram o empate em cima do intervalo. Era importante chegar ao intervalo a vencer para corrigir posicionamentos.
Nos primeiros 15 minutos da segunda parte, o AVS foi superior. A partir do banco, entrou gente com vontade. Fizemos dois golos, anulados, e tivemos mais situações para fazer golo. O AVS também teve. O jogo ficou ‘partido’. Tentámos três pontos, mas não conseguimos.
O golo do Madson está fora de jogo. O outro golo anulado vem de uma coisa muito minuciosa. Foi um pouco ingrato. Queríamos vencer, mas não conseguimos. A equipa tem de crescer quando faz golos. Já no Estoril [2-2], fizemos golo [1-0] e recuámos. Temos de gerir o jogo com bola. Não houve muitos erros graves na organização defensiva, mas faltou tranquilidade para ter bola.
A primeira volta acaba por ser positiva. É bom, tendo em conta o objetivo do clube. Em alguns jogos, com erros individuais, hipotecámos a possibilidade de ter mais pontos. É algo em que temos de crescer. Vamos fazer uma boa segunda volta. Acreditamos no processo de trabalho e nos jogadores”.
– Daniel Ramos (treinador do AVS): “Estou desagradado, porque fizemos o suficiente para vencer. Digo isto com convicção. Não aproveitámos o que o jogo deu. Demos ao adversário o primeiro golo. Cometemos um erro grave. Um lançamento a nosso favor não se pode transformar em contra-ataque. Reagimos e criámos oportunidades suficientes para chegar à vantagem ao intervalo. Tivemos quase sempre o controlo, à exceção de um ou de outro momento do jogo.
Na segunda parte, fomos melhores até à parte final, em que acabámos por sofrer um bocadinho, também por reação do nosso adversário, que tem mérito. Tivemos muitas situações de finalização. Tivemos 19 remates e só marcámos um golo. É pouco para aquilo que fizemos. Na parte final, com o cansaço, o adversário criou-nos situações de perigo.
Foram os primeiros 70 minutos mais bem conseguidos desde que aqui estou. Ainda estamos a cometer erros. Andamos sempre a correr ‘atrás do prejuízo’. Ainda não consegui estar em vantagem neste campeonato. Há que valorizar o facto de a equipa recuperar e evitar perder. Estar em vantagem permite outra gestão e abre espaços para nos sentirmos mais confortáveis.
O primeiro pormenor [a melhorar para regressar aos triunfos] é a eficácia. Fazemos acima de 15 remates em vários jogos. Andamos a criar oportunidades e a fechar jogadas. Não nos aproximamos da baliza em vão, o que me agrada, mas é preciso mais calma na hora da finalização”.