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A moer há 400 anos no centro de Viana do Castelo

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A família Corucho restaurou um moinho de água com mais de 400 anos, situado em pleno centro de Viana do Castelo.

A construção faz parte da Quinta de São João – adquirida em 1930 por “cerca de 62 contos” – que, após a recuperação, abre portas regularmente para as visitas de alunos de escolas do concelho, encaminhadas pelo Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA) da cidade.

“Sinto-me feliz por conseguirmos preservar este património e agora podermos mostrá-lo às crianças, hoje tão distantes desta realidade”, afirmou orgulhosa Maria Isabel Corucho, que, juntamente com a mãe e os irmãos, teima em manter o património herdado “sempre arranjado”.

Ainda se lembra do tempo em que o avô, conhecido como “Albino moleiro”, com “alvará de indústria”, “pagava imposto para poder fazer moagem 24 horas por dia”.

“Era a fábrica aqui da aldeia. As pessoas não pagavam em dinheiro, faziam a troca. Chamava-se a maquia, a parte da moenda que os moleiros tomavam para si, como paga do trabalho”, explicou.

Atualmente, o moinho funciona quando é preciso moer milho para alimentar os animais, para dar a amigos e familiares que ajudam na lavoura, ou quando a Quinta brasonada recebe a visita de alunos.

A propriedade onde está instalado o moinho de água, antigamente conhecida como Quinta de Lamas, situa-se no limite de duas freguesas urbanas, Meadela e Santa Maria Maior.

Foi rebatizada com o nome de São João por nela existir uma capela dedicada a São João Batista, onde no século XVI a Câmara Municipal institui a realização da festa de São João, em honra de Dom João III.

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