Fomos surpreendidos nos últimos dias com uma tempestade (política) num copo de água. Foram várias as ocasiões em que a habilidade floral e o design artístico serviram para entreter o mais desinformado cidadão na busca de uma solução governativa, quando o que se esperava era de políticos interessados única e exclusivamente na estabilidade política em Portugal.
Sem querer descrever e (des)classificar os factos de forma exaustiva, cinjo-me aos resultados eleitorais e efeitos esperados pelo comum eleitor.
Nessa perspetiva, todos os atores políticos ficaram mal na fotografia. Uns porque não têm humildade suficiente, outros porque são excessivamente arrogantes e outros porque vivem noutro planeta (talvez Marte por ser conhecido por planeta vermelho).
Os desafios que vivemos como Nação são tão complexos que não se entende, nem aceita a postura infantil, irresponsável e inconsequente da maioria dos atores políticos.
Portugal precisa mais que nunca de um Governo fundado num projeto de longo prazo que assuma como prioridades a implementação de um modelo de desenvolvimento social, político e económico.
Exigir menos que isto é ser cúmplice da mediocridade que tomou conta da política portuguesa. Infelizmente, e por muito que me custe, tenho que formular novamente uma questão já anteriormente produzida: afinal o que mudou com estas eleições?