A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, reforçou o apoio à tentativa ucraniana de alcançar o estatuto de candidato à União Europeia.
“O Parlamento da UE apoia firmemente a tentativa da Ucrânia de receber o estatuto de candidato à UE”, disse Metsola esta sexta-feira na Cimeira da Democracia, em Copenhaga.
A política maltesa também falou sobre as consequências das sanções impostas à Rússia. Para Metsola, a guerra deve começar a ter um alto custo para Vladimir Putin.
“As sanções estão começando a afetar. Mas devemos ir mais longe. Isso deve se tornar muito caro para a Rússia continuar. Em última análise, Putin está a olhar para o mundo esperando que pisquemos primeiro. Mas não podemos fazer isso”, disse.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 15 milhões de pessoas de suas casas – mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU confirmou que 4.302 civis morreram e 5.217 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 106.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.