Declarações à flash interviw da SIC Notícias após o jogo Rangers-SC Braga (3-1 após prolongamento), da segunda mão dos quartos de final da Liga Europa em futebol, disputado na quinta-feira:
– Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “Foi mérito do adversário, que entrou muito forte, como já tinha acontecido no jogo anterior, contra o Celtic, e conseguiu fazer um golo. Nós estávamos avisados, preparamo-nos para isso, mas é incontrolável, é futebol. A forma intensa como o Rangers entrou, a velocidade, nós tivemos muitas dificuldades nos primeiros 6/7 minutos, em que há o golo e outro que é anulado.
Depois, fomos estabilizando o nosso jogo, tivemos mais bola. Não criámos muitas oportunidades, mas equilibrámos o jogo e tirámos a intensidade ao Rangers.
Sofremos um golo no primeiro minuto e, depois, um penálti, que… ok, mas vermelho [para o Tormena, aos 42 minutos], completamente fora de questão.
Ficámos reduzidos a 10 e chegámos ao intervalo a perder por 2-0. A equipa agarrou-se ao jogo e acreditou que ia chegar o seu momento. Foi isso que falámos ao intervalo. Estar no jogo, o que significava não sofrer e ter a possibilidade de, a qualquer momento, fazer um golo. Esperámos por o nosso momento e tivemos a felicidade de o marcar quase no final da partida.
Vamos para o prolongamento, no qual continuámos na mesma senda. A jogar 10 contra 11, o adversário acaba por fazer o 3-1. Depois, ficámos reduzidos a nove. Com nove, é muito difícil estender a equipa no campo, mas nós continuámos a procurar o golo, a ter dois jogadores na frente, às vezes três.
Há um lance do Ricardo Horta, em que dentro do critério do árbitro, ele tem de marcar penálti. Tem devia ter expulsado o Roofe, mas não expulsou. Acaba por ser uma arbitragem que teve influência no jogo.
Em resumo, os meus jogadores foram bravos, estoicos, fomos equipa e estiveram sempre dentro do jogo. Fizemos uma brilhante Liga Europa, que, na história do clube, está nos três melhores registos. Demos também muitos pontos a Portugal e estou muito orgulhoso da equipa e dos jogadores e muito tristes, porque gostaríamos de estar nas meias-finais. A frustração é muito grande e aumenta porque fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Saímos de consciência tranquila.
A expulsão do Iuri (Medeiros)? São coisas que não podem acontecer, mas que serão debatidas internamente”.