A 31 de janeiro de 1998 o Gil Eannes chegava a Viana. Faz hoje 25 anos

Resgatado da sucata e recuperado, já conta com mais de um milhão de visitantes
Foto: Arquivo da Fundação Gil Eannes

A Fundação Gil Eannes comemora, hoje, o 25.º aniversário da chegada do Navio Hospital Gil Eannes a Viana do Castelo, depois de ter sido resgatado ao sucateiro Batista & Irmãos S.A., numa compra de 250 mil euros.

No âmbito das comemorações, a Fundação Gil Eannes tem programado duas iniciativas distintas que vão decorrer no dia 31 de janeiro e no dia 04 de fevereiro, com atividades previstas a bordo do navio.

Os alunos das escolas do concelho vão visitar, gratuitamente, o navio entre as 09:30 e as 18:00 desta terça-feira. Pelas 17:30, é inaugurada a exposição “Viagem de Fé – Pescadores Portugueses, Homens de Fé, de Olhos Postos na Proteção da Virgem Maria”.

Para o dia 04 de fevereiro, pelas 16:00, está prevista a apresentação do livro “Álbum de Navios da Pesca do Bacalhau” de João David Batel Marques.

Também, ao longo do ano, ainda no âmbito das comemorações, serão realizadas três palestras: em maio “Bacalhau na Gastronomia do Minho”, setembro “Viana do Castelo na Pesca do Bacalhau” e novembro “A Construção Naval em Viana do Castelo”. A palestra “O resgate do Navio Gil Eannes” está agendada para janeiro de 2024.

O navio encontra-se aberto para visitas todos os dias das 09:30 às 18:00. A marcação de visitas a grupos pode ser feita para o telefone 258 809 710 ou para o email [email protected].

O Navio Hospital Gil Eannes encontra-se aberto ao público como Navio Museu desde 1998, após desempenhar a importante missão de apoio à frota bacalhoeira da pesca à linha nos mares da Terra Nova e Gronelândia.

Foi classificado pelo TripAdvisor como o 7.º melhor museu a nível nacional nos Travelers’ Choice Awards e atingiu, desde que é museu, o marco de um milhão de visitantes em dezembro de 2019.

Navio Gil Eannes, em Viana do Castelo, atinge um milhão de visitantes

Foi construído em 1955, nos extintos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), para apoiar a frota bacalhoeira portuguesa nos mares da Terra Nova e Gronelândia.

Foto: Arquivo da Fundação Gil Eannes

Também foi navio capitania, navio correio, navio rebocador, garantindo abastecimento de mantimentos, redes, isco e combustível aos navios da pesca do bacalhau.

Resgatado da sucata

O regresso à capital do Alto Minho aconteceu a 31 de janeiro de 1998, depois de ser resgatado de uma sucata. Ao longo de vários meses foi recuperado nos ainda ENVC – onde tinha sido construído meio século antes -, e no verão desse ano abriu portas como navio-museu, gerido pela fundação, de iniciativa municipal.

As visitas ao navio consistem na passagem pela ponte de comando, cozinhas, padaria ou pela casa das máquinas, mas também pelo consultório médico, sala de tratamentos, gabinetes de radiologia e bloco operatório.

A bordo existe ainda um simulador que permite navegar, virtualmente, a saída da barra de Viana do Castelo.

Visitante “um milhão”. Foto: Divulgação / CM Viana do Castelo

Em novembro de 2014, abriu portas a bordo do navio o Centro de Mar que representou um investimento de 550 mil euros financiado pelo Programa Operacional Regional do Norte (ON2) 2007-2013, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

O novo espaço dispõe, entre outras valências, de equipamentos multimédia, áreas de apoio ao empreendedorismo e economia náutica e permite experiências audiovisuais interativas.

O navio está ainda dotado de um percurso museológico e interpretativo sobre a cultura marítima de Viana do Castelo e de um Centro de Documentação Marítima.

 
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