O jovem incendiário florestal confesso de Ponte da Barca, no Gerês, saiu esta tarde em liberdade devido à greve dos oficiais de justiça, não tendo sido por isso submetido a primeiro interrogatório judicial de arguido detido.
José A., de 28 anos, operário da construção civil, residente em Lindoso, Ponte da Barca, não foi notificado no despacho judicial para se apresentar em qualquer tribunal a partir da próxima segunda-feira, pelo que, até ordem em contrário, “é livre”.
Eram exatamente 17:10 quando José A. saiu num veículo da Polícia Judiciária de Braga, com dois inspetores da PJ, que o levaram a casa, no Lindoso, a maior freguesia do concelho de Ponte da Barca, no Alto Minho.
A juíza de instrução criminal mandou libertar o suspeito, que tinha confessado dezenas de crimes de fogo posto, pois durante esta sexta-feira não houve nenhum oficial de justiça disponível para secretariar a diligência do primeiro interrogatório judicial de um arguido detido.
Como o prazo limite das 48 horas iria ser esgotado às 23:30 desta sexta-feira, de acordo com fontes oficiais, já não fazia qualquer sentido manter o jovem em detenção, nos calabouços da Polícia Judiciária de Braga, já até essa hora, próxima da meia-noite.
“Neste momento o arguido é um homem completamente livre e só com o termo de identidade e residência, que de resto é de aplicação obrigatória quando se constitui alguém arguido”, de acordo com uma fonte ligada ao processo.
A Polícia Judiciária de Braga esperou até às 17:00, mas teve que o libertar eram já 17:10, seguindo num carro da Polícia Judiciária de Braga em direção a casa, segundo apurou O MINHO, uma vez que legalmente não era possível manter em detenção o jovem de Ponte da Barca.
O incendiário florestal confesso está completamente em liberdade, apenas com o termo de identidade e residência, aplicado já aquando da sua detenção, ao início da noite de quarta-feira.