Guimarães quer que cada refugiado acolhido se sinta “vimaranense” como os outros

O “consórcio” de instituições de Guimarães criado para agilizar acolhimento a refugiados está preparado para receber no “imediato” 35 pessoas e pretende fazer das pessoas acolhidas “vimaranenses” como os outros.

Formalizado esta tarde, o Plano de Ação do Município de Guimarães para o Acolhimento de Pessoas com Necessidade de Proteção Internacional agrega 19 instituições da sociedade civil, religiosas e autarquia que “em conjunto” desenharam um plano de a acolhimento assente em “valores humanistas” e que pretende fazer dos refugiados acolhidos “vimaranenses como os outros”.

O referido plano, que inclui “muito mais do que alojamento” prevendo aulas de português, vestuário, apoio médico, judicial, formação, transportes entre outras vertentes, já está a dar apoio a 17 refugiados, maioritariamente homens, vindos da Síria e da Eritreia.

“Com este plano queremos dar condições de bem-estar e segurança a pessoas com necessidade de proteção internacional sempre com respeito pela cultura, individualidade e autonomia de cada um”, explicou a vereadora da Ação Social, Paula Oliveira.

Guimarães já é “lar” para 17 refugiados, 15 adultos (duas mulheres), duas crianças sendo que 10 são Sírios e 7 vêm da Eritreia.

“A principal preocupação deles quando foram recebidos foi perguntar quando é que as famílias podiam vir. Isto porque, tirando 4 que fugiram em família (duas) os restantes vieram sozinhos. Têm idade à volta dos 20 anos o que nos leva a crer que fugiram ao recrutamento obrigatório para os combates. São verdadeiros refugiados de guerra”, apontou a vereadora,

O objetivo social “e humano” do projeto é integrar os refugiados na sociedade: “Toda esta estrutura é proporcionar-lhes todas as condições para que se sintam vimaranenses como todos nós”, apontou Paula Oliveira.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, aquele plano surge da necessidade de “reação” à “desumanização” porque estão a passar milhares de pessoas que “fogem ao drama da guerra”.

“Estas pessoas fogem à perda de qualquer futuro e até da vida. A reação tem que ser de humanização e foi esse sentido humanista que nos fez agir”, explicou o autarca.

O Plano de Ação do Município de Guimarães para o Acolhimento de Pessoas com Necessidade de Proteção Internacional está “desenhado” para 18 meses e prevê o financiamento de seis mil euros por adulto (330 euros mensais) e quatro mil por cada criança (222 euros por mês).

Daquele valor cada refugiado irá receber como “fundo de maneio” 150 euros mensais.

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