O presidente do Vitória considerou hoje que o árbitro João Capela prejudicou os vimaranenses na expulsão de João Teixeira, no jogo com o Paços de Ferreira (0-1), da 26.ª jornada da I Liga de futebol.
Júlio Mendes salientou que a decisão tomada pelo juiz lisboeta, aos 45+5 minutos, ao expulsar o médio após uma entrada sobre Marco Baixinho, condicionou o resto da partida, tendo sido decisiva para o desfecho do encontro.
“Sentimos que o Vitória foi hoje claramente prejudicado. Não quero dizer que tenha existido intenção do João Capela de prejudicar quem quer que fosse. Há uma expulsão que condiciona todo o jogo. Isso desagrada-nos de forma importante”, reiterou.
O responsável máximo do clube de Guimarães acrescentou que conversou com o árbitro no final da partida, tendo-lhe este dito que “entendeu que era a decisão que tinha de tomar”, e confirmou depois que o árbitro estava, na sua perspetiva, errado.
“Confirmámos que o jogador joga a bola, nem sequer há contacto. Uma expulsão é sempre um ato muito forte, que condiciona o jogo. Pareceu-me uma decisão precipitada”, disse.
Júlio Mendes destacou igualmente que o erro de arbitragem reveste-se de maior gravidade por interferir com a luta pelo acesso às competições europeias – o Vitória foi ultrapassado pelo Paços na tabela -, revelando que ficou “surpreendido” com a nomeação de João Capela.
“Acreditamos nas instituições, acreditamos nas pessoas, demos o benefício da dúvida, mas hoje acabámos por ser prejudicados numa fase do campeonato em que se decidem as classificações e os objetivos das equipas que estão a lutar, como é o nosso caso, para as competições europeias”, vincou.
O dirigente referiu que esse motivo contribuiu para exprimir o seu desagrado com a arbitragem, até porque disse que, “feito o balanço”, o clube tem sido até agora mais prejudicado do que beneficiado na I Liga, sendo necessário defender o grupo de trabalho.
“Esta era uma jornada importante, assim como as que se seguem, que define as equipas que vão ficar no topo da tabela. Fica sempre no balneário um sentimento de injustiça e de impunidade”, justificou.
O presidente do Vitória criticou ainda as inúmeras paragens, quase sempre para os jogadores do Paços de Ferreira serem assistidos, dizendo que o duelo esteve longe daquilo que “deve ser o espetáculo do futebol” e apresentou um tempo útil muito abaixo da média normal.
“O jogo poderia ter sido conduzido de outra forma. Vi sistematicamente a entrar as equipas médicas. É preciso alguma proatividade de quem está a conduzir o jogo. Não me parece que isso tenha acontecido”, apontou.
O árbitro de Lisboa arbitrara pela última vez o Vitória há praticamente um ano no Estádio do Bessa, num jogo que os vimaranenses perderam 3-1 com o Boavista e que terminou com três expulsões de jogadores vitorianos, com Júlio Mendes a relembrar esse jogo para explicar que é preciso mais “exigência” na I Liga.
“Temos a convicção de que existem uns melhores do que outros. Queremos aqueles que errem menos. Não queremos que errem nem a nosso favor nem contra nós. Exige-se um bocado mais”, concluiu.
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