O administrador da Bracicla afirmou hoje que aquela fábrica, instalada em Amares, labora dentro de “toda a legalidade” e adiantou que vai processar a câmara local pela colocação de sinalização de trânsito que restringe a circulação de camiões.
“Em termos legais, não há nada que nos possam apontar, laboramos dentro de toda a legalidade, temos todas as licenças, incluindo a que compete à câmara emitir”, disse o administrador daquela fábrica de tratamento de resíduos.
Na terça-feira, em comunicado, o presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, apelou às entidades responsáveis para adotarem todas as medidas e acionarem todos os meios para “repor a legalidade” na atividade industrial da Bracicla, contestada pela vizinhança.
Manuel Moreira referia que uma das principais reclamações dos moradores tem a ver com os “elevados” níveis de ruído ambiente produzidos pela fábrica, seja pelo funcionamento da maquinaria, seja pelo “enorme” fluxo de trânsito de veículos pesados de transporte de mercadores “numa pequena via que atravessa um núcleo denso de moradias”.
Ainda segundo o autarca, os moradores também se queixam do depósito dos resíduos “muitas vezes a céu aberto ou sem qualquer vedação, o que provoca odores e poeiras, impedindo qualquer habitação contígua de manter janelas ou portas abertas”.
Manuel Moreira disse que a câmara já colocou sinalização a condicionar o estacionamento e circulação a veículos pesados nas imediações das zonas habitacionais, entre as 20:00 e as 08:00.
O administrador da fábrica, António Veloso, disse hoje que vai processar a câmara, por causa desta sinalização, que “condiciona sobremaneira” o funcionamento da unidade.
“O acesso aos camiões está a ser feito pela única via que o permite”, referiu, ironizando que a empresa “não tem helicópteros” mas garantindo que a empresa está a cumprir com o estipulado no sinal.
Disse ainda que a fábrica “só faz barulho” entre as 09:00 e as 18:00.
“Investimentos aqui 4 milhões de euros, temos das melhores instalações privadas a nível europeu em termos de gestão de resíduos, empregamos 34 pessoas, mas mesmo assim parece que há quem queira pôr tudo isto em risco”, disse ainda António Veloso.
Instalada na freguesia de Figueiredo, a Bracicla labora desde abril de 2015.
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