O Conselho de Administração da Martifer, empresa que gere os Estaleiros de Viana do Castelo, considerou que a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Visabeira é adequada, atendendo à incerteza geopolítica e macroeconómica, e que a contrapartida deverá ser aceite pelos acionistas.
“[…] Atendendo à incerteza geopolítica e macroeconómica atual, é entendimento do Conselho de Administração que […] a oferta e as suas condições são adequadas”, lê-se num relatório enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Por outro lado, defendeu que, tendo em conta o comportamento das ações da Martifer, a contrapartida oferecida deve ser tida em conta e é “suscetível de ser aceite pelos acionistas”.
Em 06 de agosto, a Visabeira Indústria SGPS lançou uma Oferta Pública Geral e obrigatória de Aquisição da totalidade das ações representativas do capital social da Martifer – SGPS.
No anúncio preliminar desta oferta, a Visabeira explicou que a oferta é geral e obrigatória em consequência de a oferente ter celebrado um acordo de acionistas com a I’M – SGPS e a Mota-Engil, SGPS em relação aos termos e condições que deverão regular as respetivas relações enquanto acionistas da Sociedade visada.
No mesmo dia, a CMVM levantou a suspensão das negociações da Martifer.
O Conselho de Administração recomendou que cada acionista tome uma decisão individual, alinhada com os seus objetivos, “recorrendo, sempre que considerar necessário, à assessoria legal, fiscal ou financeira, que julga mais adequada, ponderando cuidadosamente a aceitação ou não da proposta”.
A Administração da Martifer defendeu ainda que, após analisar a OPA da Visabeira, que não se anteveem alterações significativas na estrutura dos recursos humanos, condições laborais ou nas relações com ‘stakeholders’.