António Filipe critica que poder político não reconheça valorização do trabalho

Presidenciais 2026
António filipe critica que poder político não reconheça valorização do trabalho
Foto: Lusa

O candidato presidencial António Filipe defendeu hoje que Portugal não pode ter uma economia assente em baixos salários e lamentou que o poder político não compreenda que a valorização do país passa pela valorização de quem trabalha.

“Não devemos continuar a ser um país com uma economia assente em baixos salários”, afirmou o candidato presidencial apoiado pelo PCP, António Filipe, em Rio Maior, onde hoje se solidarizou com os trabalhadores da empresa Nobre Alimentação, que cumprem a 23.ª greve dos últimos dois anos.

“Se queremos que o país ande para a frente, que a economia se desenvolva, é preciso que os trabalhadores sejam mais bem pagos no nosso país “, disse António Filipe à agência Lusa, lamentando não haver “um poder político identificado com os objetivos dos trabalhadores e que compreenda que a valorização do país passa pela valorização de quem trabalha”.

Algo que “infelizmente, não está a acontecer hoje em dia”, afirmou, em frente à empresa Nobre, em Rio Maior, no distrito de Santarém, onde assegurou ao piquete de greve que “enquanto houver trabalhadores a lutar pela sua valorização profissional” poderão contar com a sua presença.

Questionado sobre o anúncio da candidatura do antigo líder da Iniciativa Liberal e eurodeputado, João Cotrim de Figueiredo, a Presidente da República, António Filipe afirmou encarar a entrada de mais um candidato na corrida “com total tranquilidade”.

Tanto mais que acredita que a sua candidatura “é distinta de todas as outras”, tendo em conta a leitura que faz da Constituição Portuguesa: “uma Constituição progressista, uma Constituição avançada em matéria de direitos sociais fundamentais, inclusivamente, também, direitos dos trabalhadores”.

O país, “precisa de um Presidente da República que esteja identificado com esses princípios e esses valores”, acrescentou, considerando-se “o único dos candidatos apresentados” com “uma identificação total com aquilo que são os princípios fundamentais e com aquilo que são os valores de Abril consagrados na Constituição de 76, designadamente no magnífico acervo de direitos sociais fundamentais que a Constituição consagra”.

 
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