Dois homens, pai e filho, foram detidos por tentarem atropelar militares da GNR, em Vieira do Minho, no domingo, quando os agentes da autoridade intercetaram ambos, um dos quais munido de uma arma branca, no parque de estacionamento de um supermercado.
Para já, a juíza da comarca, na sequência da proposta da magistrada do Ministério Público, proibiu os dois detidos, de 68 e 33 anos, de contactarem os dois militares da GNR agredidos, tendo se se apresentar, semanalmente, na GNR da Póvoa de Lanhoso.
A situação agitou a pacatez habitual do centro da vila de Vieira do Minho, este domingo, envolvendo duas patrulhas da GNR de Vieira do Minho, dada a resistência aos agentes da autoridade, insultos e ameaças de morte, que queimariam as suas casas.
Os desacatos começaram no domingo, quando dois grupos antagónicos se agrediam mutuamente, no parque de estacionamento do supermercado Pingo Doce, sendo que um dos elementos estava munido de uma arma branca, depois apreendida pela GNR.
Mas, até às detenções dos dois suspeitos, pai e filho, de 68 e de 33 anos, ambos moradores em Vieira do Minho houve tentativas de atropelamento a militares da GNR, incluindo ao comandante do posto local, que foi agredido, tal como um guarda.
A situação só acalmou com as detenções dos dois suspeitos, mas reacendeu-se, já dentro do Posto da GNR de Vieira do Minho, com pontapés contra mesas e computadores, obrigando os militares da GNR a separar os suspeitos para locais muito diferentes.
A ação da GNR começou ao saber-se que um dos homens se encontrava no parque de estacionamento do supermercado, em Eira Vedra, concelho de Vieira do Minho, com arma branca, pelo que a GNR de Vieira do Minho procurou logo evitar o pior.
À chegada das patrulhas da GNR de Vieira do Minho, ainda havia muita agitação na zona, frente a um posto de abastecimento de combustíveis, mas o outro grupo envolvido nos confrontos entre populares, também pai e filho, tinham abandonado o local.
Logo que um dos militares da GNR tentou abordar o suspeito na posse da arma branca, este investiu o veículo contra o agente da autoridade, por duas vezes, enquanto este militar da GNR evitou ser atropelado, saltando para o passeio, de ambas as vezes.
Segundo relatos de populares, recolhidos por O MINHO, um dos militares conseguiu agarrar-se ao automóvel cujo condutor o tentava sucessivamente atropelar, entrando no veículo, ocasião em que foi agredido pelo automobilista no nariz e num olho.
Mais tarde, já dentro do Posto da GNR de Vieira do Minho, o mais velho dos detidos tentou fugir, apesar de algemado, só que foi agarrado pelo comandante daquela unidade militar, havendo situações de resistência às detenções, de injúrias e de ameaças.
Ainda segundo testemunhas, pai e filho terão afirmado publicamente que sabiam onde moravam os militares da GNR que os estavam a deter, referindo, alegadamente, que iriam atrás delas quando estivessem fora de serviço e queimar-lhe as residências.
Sendo meios pequenos e onde toda a gente se conhece, as ameaças contra os agentes da autoridade, extensivas às famílias dos militares da GNR terão sido levadas muito a sério, também pelas duas magistradas, daí as proibições de os contactarem à civil.
Os dois militares da GNR de Vieira do Minho, assim como os dois detidos, receberam tratamento hospitalar, na sequência das ações policiais e da resistência aos agentes da autoridade, causando danos no Posto da GNR de Vieira do Minho.
Incidentes idênticos há quatro anos
Sabe-se que o automóvel interveniente nas tentativas de atropelamento, Skoda Octavia, não tinha seguro atualizado, o que foi participado ao Ministério Público, tendo pai e filho ficado detidos, durante a noite de domingo, no Posto da GNR de Amares.
Segundo apurou O MINHO, uma situação em tudo idêntica tinha envolvido os mesmos detidos há cerca de quatro anos, quando se envolveram em confrontos físicos com outros populares, mas acabando por agredir um militar da GNR.
A GNR de Vieira do Minho, que até há pouco tempo tinha falta de patrulhas, nas últimas semanas realizou algumas ações, na vila central e igualmente nas freguesias periféricas, o que tem vindo a causar surpresa.
Recentemente, uma ‘operação stop’ do Posto da GNR de Vieira do Minho controlou todos os acessos ao centro da vila, o tipo de ação a que nos últimos dois anos não era nada habitual em Vieira do Minho.
