O Ministério Público acusou quatro estudantes universitários de homicídio por negligência, na sequência da queda de um muro em Braga, em 2014, que provocou a morte de três colegas, após uma “guerra de cursos”.
Segundo a acusação, revelada pela Procuradoria Geral Distrital do Porto, “os quatro arguidos treparam uma estrutura composta por alvenaria de tijolo e betão, com cerca de um metro e meio de altura e quatro metros de comprimento, destinada a albergar recetáculos de correio” para celebrar a vitória do curso de engenharia informática, que frequentavam, sobre o de medicina.
O Ministério Público acrescenta que os alunos ficaram “a cantar e a saltar em cima do muro” e assim “deram causa a que a estrutura rodasse sobre a sua base e caísse para a frente”.
A acusação imputa a cada um dos quatro estudantes “a prática de um crime de homicídio por negligência”.
A direção da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) já reagiu, expressando “surpresa acerca da decisão do Ministério Público em deduzir acusação contra quatro arguidos”.
“Não conhecendo o teor de todo o processo, a Associação Académica apenas se pode pronunciar acerca da nota divulgada no site oficial da Procuradoria Geral Distrital do Porto. Essa mesma nota evidencia uma total falta de rigor nos dados que são apresentados acerca do acidente que vitimou três estudantes”, denunciou a AAUM em comunicado.
No entanto, a Associação Académica da Universidade do Minho afirma que está “a acompanhar o desenrolar dos acontecimentos juntos dos colegas dos estudantes em causa” e reitera a sua “total disponibilidade no sentido de auxiliar no que for necessário”.