Museu de Braga vai ficar instalado nesta antiga escola

Antiga Escola Dr. Francisco Sanches
Foto: CM Braga / Arquivo

O Município de Braga debate e vota, esta terça-feira, em reunião do executivo, o Projeto Museográfico do Museu de Braga a instalar na antiga Escola Dr. Francisco Sanches – Centro Cultural Francisco Sanches, obra orçada em 1,005 milhões de euros.

A proposta, que tem em atenção os prazos definidos para submissão de candidatura ao aviso NORTE2030- 2024-94 Rede Regional de Museus de Identidade Territorial é apresentado o presente projeto Museográfico do Museu de Braga – Museu da Identidade Territorial, integra a 2.ª fase da obra de reabilitação do edifício da antiga Escola Dr. Francisco Sanches – Centro Cultural Francisco Sanches.

A intervenção engloba os seguintes trabalhos: Obras de reabilitação e instalação da área estritamente interpretativa do museu, definindo o percurso dos visitantes por um conjunto de núcleos temáticos; presente projeto reúne o reconhecimento como “Museu de Território” e Adesão de espaços museológicos a Rede Regional de Museus de Território da Região Norte emitido pela CCDR NORTE (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte) através da sua Unidade de Cultura.

Quatro polos: Museu da Imagem, Casa dos Crivos, núcleo da Confiança e Centro do Romano

Recorde-se que, na última reunião de Câmara, o Executivo municipal aprovou, com os votos da maioria PSD/CDS e contrários da oposição (PS e CDU) uma proposta de abertura de procedimento para a criação do Regulamento do Museu de Braga, uma estrutura que vai integrar a Casa dos Crivos – Galeria Municipal, o Museu da Imagem, o Museu da Fábrica Confiança e o Centro Interpretativo do Romano.
O documento propõe o desenvolvimento do Museu “seguindo os princípios dos museus de identidade territorial, e neste caso específico, com uma estrutura polinucleada”.

“O Museu de Braga que permitirá uma abordagem abrangente ao património material e imaterial do concelho surgiu no âmbito da estratégia cultural de Braga 2020-2030, que culminou no reconhecimento no projeto Braga25, Capital Portuguesa da Cultura, em que a cidade assumiu uma centralidade cultural a nível regional, mas também a nível nacional e internacional”, diz o documento.

E afirma, ainda: “O projeto museológico é o primeiro resultado da Braga25, que consolida um projeto cultural com a cidade e com o território, onde se constrói a cultura com todos os parceiros e agentes culturais”.

Braga25, – acrescenta – “abriu a porta da cidade para um novo polo cultural a Norte, promove circuitos menos óbvios e mediatizados e redefine os espaços museológicos da cidade tendo por base de reflexão o anteprojeto MALHA – Rede de Equipamentos Culturais de Braga”.

Museu de território

Neste sentido, “considera-se que a estrutura que melhor pode dar resposta às necessidades do município, da cidade e do território é um museu de estrutura polinucleada que tem por base as reflexões e os princípios dos museus de território, indo, assim, ao encontro dos princípios definidos pela CCDR-N (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte”.

A sua missão – adianta a proposta – “centra-se na investigação, preservação e promoção do património cultural do concelho e do “território-museu”, fortalecendo a identidade local e regional e fomentando a democratização cultural”.

Assume-se como “um laboratório de narrativas emergentes para o desenvolvimento territorial, promovendo a participação das comunidades e o cruzamento entre inovação e contemporaneidade”.

E a concluir: O Museu de Braga procura implementar uma metodologia de ação no território, colaborativa e participativa envolvendo todos os públicos, desde os mais generalistas ao público especializado. A estrutura polinucleada, em tese, é uma estrutura em rede.

 
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