O deputado municipal do Chega em Braga, Sergio Alcindo, vai demandar judicialmente o candidato do Bloco de Esquerda (BE) pelo círculo de Braga nas eleições legislativas de 18 de maio, Francisco Louçã, por se considerar “difamado”.
Em declarações a O MINHO, o líder distrital do Chega Filipe Melo disse que a acusação do militante bloquista segundo a qual Sérgio Alcindo traficou droga “é falsa e patética”.
“O militante em causa não está acusado de tráfico ou consumo de drogas, nem tem, nem nunca teve, pulseira eletrónica, está, apenas, com Termo de Identidade e Residência (TIR)”, anotou, dizendo que “tem apoio de todo o partido”.
Sérgio Alcindo, que está a ser investigado pelo Ministério Público por uso de anabolizantes de ginásio, tem dito que os utilizava para consumo próprio e não para venda.
“Nunca fumou drogas, ao contrário de muitos bloquistas”, frisa Filipe Melo.
Sobre a crítica feita por Louçã, a 27 de abril, dizendo que nenhum dos dois, comparece às sessões da Assembleia Municipal de Braga, para onde foram eleitos em 2021, Filipe Melo diz que, “quando não aparece na sessão é porque não pode, já que tem trabalho na Assembleia da República, como sucedeu no dia 25 de Abril em que esteve no Parlamento e não pôde vir à sessão da Assembleia Municipal”.
Sobre a alegada ausência de Sérgio Alcindo anota que “é alguém que não vive da política, pelo que, muitas vezes tem de ir trabalhar”.
Mas – assegura – vai comparecer na Assembleia Municipal extraordinária da próxima sexta-feira.
E, em jeito de conclusão, afirma: “A verdade é que, o Francisco Louçã já foi deputado e gostava de o voltar a ser, mas não o vai conseguir, porque os bracarenses rejeitam o seu extremismo comunista”.
“Já o Chega elegeu quatro deputados nas eleições de 2024 e trabalha para manter ou aumentar essa representação para bem de Braga e do país”, disse.
Recorde-se que, e conforme O MINHO noticiou, o candidato do BE deixou críticas ao Chega local, apontando que, “os deputados municipais eleitos não aparecem à Assembleia Municipal”.
“O primeiro eleito não vai às reuniões, o segundo está preso em casa com pulseira eletrónica, num caso de tráfico de droga, e as outras pessoas eleitas também não aparecem”, disse o fundador do BE durante uma “conversa de café”, no café Al Cinoche, em Barcelos.
“Foi portanto um voto que não serve para nada e os eleitores do Chega devem ter percebido como foram enganados”, acrescentou.
O candidato do BE acredita que “para que Braga tenha uma forte representação da esquerda contra a direita e a extrema-direita, no parlamento, só o Bloco está em condições de eleger: como se viu nas eleições de há um ano, o Bloco tem praticamente o mesmo número de votos que o Livre e a CDU somados”.
“Só o voto no Bloco garante uma esquerda forte e tirar deputados ao Chega”, concluiu.