Braga não desiste de construir duas linhas do BRT

PS e CDU criticam queda da Linha Amarela
Imagem: Metro Mondego

O Município de Braga não vai desistir de construir duas linhas do BRT (Autocarro de Transporte Rápido), apesar de ter adiado o arranque de uma delas, a Linha Amarela, na sequência de exigências do Instituto de Estradas.

Em declarações a O MINHO, a vereadora dos Equipamentos, Olga Pereira disse que, uma das linhas, a Vermelha, a unir a Estação de Comboios à Universidade do Minho avança em abril, com o lançamento do concurso público: “o Instituto pediu-nos dados técnicos, nomeadamente no que toca a volume de tráfego e, como a Câmara não tem meios próprios para o quantificar, terá de contratar externamente o serviço, o que demora tempo. Mas, logo que possível, avançará, também esta linha”, explicou.

Acrescentou que foi, por isso, pedida a reprogramação financeira do projeto, apoiado pelo PRR, sendo que a primeira linha a construir terá um custo de 76 milhões de euros.

PS lamenta não ser ouvido

O assunto merece críticas da oposição, PS e CDU, que, desde logo, lamentam ter sabido da decisão de adiamento pela comunicação social: “o facto é que, um projeto desta envergadura está a ser feito sem dar conhecimento à oposição”, disse o vereador socialista, Artur Feio, a O MINHO.

O vereador do PS lamentou que o projeto do BRT já não tenha condições para avançar no atual mandato de Ricardo Rio, e lembrou que tinha avisado, atempadamente, para o facto de os Transportes Urbanos de Braga (TUB) não terem meios para o conceber e levar avante: “andam desde 2021 às voltas com o projeto e até agora nada!, lamentou.

CDU diz que Câmara vende ilusões

Já a CDU, quer em comunicado quer pela voz do comunista Vítor Rodrigues sublinhou que “a complexidade técnica e urbanística de um processo desta dimensão era conhecida deste o início e não apanhou ninguém de surpresa”.

“A coligação municipal liderada pelo PSD andou a vender ilusões, não tendo capacidade, nem agilidade para as concretizar. Esta tem sido a marca destes 12 anos quanto a grandes projetos estruturantes para a cidade, como o Parque das Sete Fontes ou a Etar do Este”, critica a CDU.

Recorde-se que, e conforme O MINHO noticiou, o projeto inicial seria financiado em 100 milhões de euros pelo PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) que impõe o mês de junho de 2026 para o termo de todas as obras que financia. O custo total seria de 150 milhões pelo que a Autarquia teria de avançar com 50.

Agora, a linha vermelha do BRT, a única a lançar, ligará a Estação da CP ao Hospital de Braga, – com 6,2 quilómetros e dez estações – e vai atravessar o campus de Gualtar da UMinho, mas com a entrada situada já depois da porta lateral, percorrendo o monte até à rotunda junto à Escola de Medicina.

 
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