Declarações na conferência de imprensa, após o jogo Estoril Praia – SC Braga (0-2), da 30.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril:
– Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “Acho que estivemos muito bem quando retirámos as referências de pressão à equipa do Estoril e eles, sem essas referências pareciam outra equipa e tiveram diversas dificuldades em pressionar no último terço.
É óbvio que o golo que marcámos logo a seguir [à primeira grande ocasião, pelo Estoril Praia] tranquilizou mais a equipa. Tínhamos uma ideia para o jogo e ela ficou reforçada através desse primeiro golo.
A equipa serenou e acabámos com o jogo com o segundo golo, estivemos sempre bem no jogo. Depois, conseguimos tapar bem os caminhos para a nossa baliza e, em função dessa maturidade, conseguimos controlar muito bem o jogo com bola, principalmente na segunda parte, em que tivemos um domínio muito grande sobre a posse de bola e não só. Tivemos as nossas oportunidades, mas seria demasiado penalizador para a equipa do Estoril.
[João Moutinho foi considerado o homem do jogo e Gharbi marcou os dois golos] Tenho palavras para os dois: para o João, que é um jogador absolutamente fantástico, com as suas capacidades é um jogador muito importante na nossa equipa. E também uma palavra para o Ismael Gharbi, porque chegou do PSG e é um jogador absolutamente fantástico com bola e hoje faz uma exibição fantástica.A minha satisfação pelo Ismael e pelo seu comportamento são sob o ponto de vista da sua própria evolução, porque, assim, ele está a dar passos gigantes para ser um jogador cada vez mais completo”.
– Ian Cathro (treinador do Estoril Praia): “No futebol, fazemos um plantel por uma razão e o plantel tem de corresponder aos objetivos. O nosso objetivo é melhorar de uma forma constante, conseguir estabilizar o clube de forma diferente, que possa no futuro permitir que tenhamos objetivos diferentes. Não pode fazer-se isso só com onze jogadores, tem de ser feito com mais e por isso não podemos ficar por aí.
Na primeira parte, senti que não conseguimos ir aos nossos limites físicos e manter, ou até impor, a intensidade que normalmente conseguimos impor no jogo.
[Pedro Carvalho desperdiçou boa ocasião para abrir o marcador nos minutos iniciais] O jogo de futebol tem sempre estes momentos. É o que começa a escrever a história do jogo. Obviamente, temos de entender bem que tens o teu processo, o teu jogo, o teu trabalho, organização, ordem, tudo isso, mas depois há momentos e é preciso ter, num sentido, um nível de alerta e concentração muito altos também.Tens de saber quando a porta está aberta e tens de entrar. Se nós não conseguirmos ir a esses limites, esses índices físicos de intensidade, fica mais difícil e hoje também cometemos erros que, acredito muito, durante o ano não vamos cometer”.