Hotel de 6,5 milhões em Famalicão é finalista de prémio internacional de arquitetura

ArchDaily
Foto: Ivo Tavares Studio

Um hotel três estrelas em Famalicão é finalista do prémio “Obra do Ano 2025”, na categoria “Arquitetura Hoteleira”, dinamizado pelo portal internacional de arquitetura ArchDaily Brasil.

As votações abriram na terça-feira e são os leitores da plataforma que vão escolher os projetos vencedores.

São centenas de finalistas oriundos de países lusófonos – Brasil, Portugal, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Timor-Leste, Guiné Equatorial, Macau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe – publicados em 2024, selecionando as “melhores obras construídas em território de língua portuguesa”.

O hotel, da rede B&B, insere-se numa área central do município de Famalicão, junto ao estádio municipal, e representou um investimento de 6,5 milhões.

A construção surgiu de uma parceria entre New Holding Investments e Garcia & Garcia.

De acordo com a descrição fornecida pelo gabinete de arquitetura Jorge Domingos Arquitectos, o volume mantém uma “relação de altura com os edifícios da envolvente, todos com oito pisos, promovendo a continuidade da relação urbana”.

“A fachada principal abre-se para uma praça voltada a nascente, que inclui um espaço de estar para usufruto público”, explica ainda a nota disponível no portal.

As fachadas são trabalhadas através de uma solução construtiva que conjuga painéis de betão pré-fabricado e caixilhos em alumínio.

“O resultado é um alçado que, simultaneamente, acentua a verticalidade do edifício e apresenta um ritmo dinâmico de desencontro entre cheios e vazios. Para além da variação pelo exterior, reflete-se também numa configuração interior variável das janelas nos quartos. A marcação de tramos horizontais e verticais, presentes em todos os alçados, criam uma “pele” que uniformiza o edifício com um todo”, lê-se ainda.

O edifício conta com oito pisos, sendo que o primeiro piso contém o espaço de entrada e os espaços comuns.

Mantém uma relação com a praça “para o qual se abre”, produzindo um “embasamento em vidro, que prolonga a ideia de espaço de estar do interior para o exterior e vice-versa”. Contém, também, diversas áreas de serviços acessíveis por uma entrada a poente, permitindo uma “manutenção fluída dos serviços necessários”.

Os sete pisos superiores organizam-se segundo um corredor que distribui para os respetivos 14 quartos de cada piso.

O corredor é central e carateriza-se pela utilização de materiais escuros, o que permite proporcionar “um ambiente intimista que antecede o quarto, cujo desenho privilegia a simplicidade dos materiais e a generosidade da área, criando um ambiente sereno e confortável”.

 
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