A Junta de Freguesia de Arco de Baúlhe e Vila Nune, em Cabeceiras de Basto, manifestou hoje que vai iniciar um movimento, em conjunto com outras freguesias de atravessadas para Linha do Tâmega, para exigir junto do “poder central” a “reabertura plena da linha” férrea.
A tomada de posição da autarquia surge após, como O MINHO noticiou, a Comboios de Portugal (CP) ter encomendado à consultora Trenmo um estudo de procura para o Grande Porto em cenários de modernização das linhas de Leixões, do Vouga e do Tâmega.
No caso da Linha do Tâmega, o estudo contemplará apenas a reabertura do serviço de transporte de passageiros até Amarante, deixando de fora os concelhos de Celorico e Cabeceiras de Basto, atravessados por esta linha a norte daquele concelho do distrito do Porto. A via continua aberta, contudo convertida em ecopista.
A junta de Arco de Baúlhe e Vila Nune “repudia” a decisão da CP e frisa que é uma “desconsideração para com as populações que aí residem”.
Considera que o encerramento da Linha do Tâmega, em 1990, não teve em consideração a salvaguarda das populações locais, sendo que “contribuiu para o empobrecimento destas territórios e para redução das suas ligações aos grandes centros urbanos, comprometendo, assim, o seu desenvolvimento”.
Lembra ainda que, aquando do fim dos comboios, há 35 anos, foram prometidas contrapartidas que “continuam por concretizar”, como é o caso da Via do Tâmega.
Na mesma tomada de posição, publicado hoje nas redes sociais, a junta lembra que a não reativação da Linha do Tâmega na sua totalidade impede a “aproximação desta região aos grandes centros urbanos”.